É, através da confiança em si e em Deus, que o homem vence seus obstáculos, pois, um indivíduo confiante é capaz de superar com muito maior facilidade os entraves de seu progresso à caminho da felicidade e da paz que o aguarda na morada dos Seres Angelicais .
Quando Jesus nos afirmou: “pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele há de passar; e nada vos será impossível” (1), quis nos abrir os olhos e alargar nossa compreensão sobre os poderes do pensamento positivo, em relação às nossas dificuldades morais.
Importante se faz entender, que as montanhas a que o Mestre se reporta, são as dificuldades do nosso dia-a-dia, as resistências externas, a má vontade com que normalmente nos vemos envolvidos, mesmo quando nos dedicamos á realização dos mais elevados propósitos.
Entre tantas “montanhas” que podemos superar pela ação da verdadeira fé, podemos destacar: os preconceitos de toda ordem, o apego às coisas da matéria, o egoísmo, o fanatismo e as paixões oriundas do orgulho camuflado, que sempre impõem obstáculos aos que se dedicam a promover o progresso da humanidade.
Noutra acepção, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança. Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se executem grandes coisas.
“A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, toma-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo”. (2)
A fé robusta do indivíduo que a possui, ajuda-o a perseverar na busca do seu ideal, abastecendo-o de energias vitalizantes e aumentando sua esperança na conquista dos fins colimados levando-o a superar as barreiras que se lhe opuserem fortalecendo-o intimamente, e fazendo-o conquistar por essa razão a simpatia e a cooperação dos Espíritos Superiores que o inspiram e o envolvem nas nobres vibrações de paz.
O homem de fé não vacila ante os desafios do caminho evolutivo que trilha, não cedendo campo aos espíritos ignorantes adversários da luz, pois, não acredita ser impossível a conquista da vitória final sobre os percalços do caminho daquele que crer e tem fé em sí e em Deus.
Fontes:
(1) Evangelho de Mateus, Cap. XVII: 14-19
(2) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XIX, item 3.