1º de agosto de 2012
Grávida adia tratamento contra o câncer para salvar a filha e agora descobre que não tem mais cura
Extra Online
Sarah Brook estava grávida de 25 semanas, quando descobriu um câncer no intestino. E os hormônios da gestação estavam acelerando o crescimento do tumor. Mesmo assim, a designer gráfica de Londres, na Inglaterra, decidiu adiar o tratamento por duas semanas, até que pudesse dar à luz a pequena Polly Jean. A intenção era não colocar em risco a saúde da filha.
O bebê nasceu saudável com 27 semanas (um pouco mais de 6 meses) de gestação, por cesárea, pesando 900 gramas. Mas Sarah foi informada de que não tinha muito tempo de vida. O câncer já havia se espalhado para o pâncreas, pulmões, pescoço e tomado conta dos intestinos.
Polly já está com quatro semanas de vida. E fez valer a pena o sacrifício da mãe. O bebê teve algumas complicações de saúde, mas está mais forte a cada dia, segundo o jornal Daily Mail.
Sarah já começou as sessões de quimioterapia, mas disse que o tratamento era um paliativo para aliviar o desconforto e mantê-la viva o maior tempo possível. Os médicos que cuidam dela disseram que há apenas 25 casos registrados em todo o mundo, de pessoas com o mesmo nível de tumores secundários que Sarah.
A designer cresceu em Londres, mas se mudou para a Austrália em 2006, logo depois do casamento com Ben. Agora, passa a maior parte do tempo em um hospital em Sydney, fazendo o tratamento contra a doença e cuidando da filha, que ainda está na unidade de tratamento intensivo neonatal. A família de Sarah está na Austrália, apoiando Ben e cuidando de Polly também.
Notícia publicada no Jornal Extra , em 12 de abril de 2012.
Marcia Leal Jek comenta*
Ao ler essa notícia, surge em nossa mente muitos questionamentos como: “Exemplo de amor, escolha pela vida, amor de mãe, linda história de vida, uma mãe trocando sua vida enquanto muitas abandonando seus filhos no lixo, muitas apoiando o aborto e outras lutando pela vida, etc.”
Mas o que motivou Sarah adiar seu tratamento para não colocar em risco a vida do bebê foi “amor materno”.
O elo que existe entre pais e filhos é uma das ligações mais fortes da natureza. Não é fácil conceituar o que é o amor, porque várias são as interpretações que se oferecem ao termo.
O amor é a verdadeira fonte de inspiração do ser humano, motivo principal da Vida. Só um grande amor move a Vida.
Jesus, disse-nos: “Ama o teu próximo como a ti mesmo” , criando um grande vínculo de um amor que a tudo envolve, partindo de nós mesmos, como portadores e reais condutores desse amor para com os outros.
Então, nos cabe amar como pudermos. O amor é ação, não apenas um sentimento que se nutre por alguém, ou por alguma coisa. Ele dá sentido às nossas vidas. É o combustível que nos anima. Sem ele, é difícil suportar o destino.
O instinto de ser mãe surge naturalmente, e o amor dessa mãe fez com que ela fosse capaz de colocar em risco sua própria vida em favor da vida de sua filha.
Não há parâmetro para se comparar a dimensão do seu amor que é ilimitado e interminável.
Não sabemos a força que temos dentro de cada um de nós, e, muitas vezes, desistimos, sem mesmo lutar, de batalhas que poderíamos vencer se conhecêssemos o nosso verdadeiro potencial.
Em nossa caminhada, encontramos mães que fazem tudo pelos seus filhos e também mães que maltratam seus filhos. A atual falta de amor é parte da evidência de que vivemos. Não haverá renovação da Humanidade se não houver a evangelização do Homem. Temos de levar o amor aos corações endurecidos, fazê-los despertar.
Os filhos que recebemos, através da maternidade/paternidade, são empréstimos valorosos para nosso crescimento em comum. Às vezes, nossa rotina é interrompida pelo advento de uma doença. Então, somos forçados a parar ou, pelo menos, diminuir o ritmo de nossos afazeres.
As provas nos servem para exercitar a paciência e a resignação. O mérito consiste em sofrer sem reclamar, perseverar na luta e não desesperar. Importante, então, será desenvolver a consciência de que tudo o que sofremos durante a vida corporal tem um motivo perante as Leis de nosso Pai.
Dizem-nos nossos amigos espirituais, em O Livro dos Espíritos, a primeira das obras básicas da Doutrina Espírita, codificada pelo professor Allan Kardec:
“853. Certas pessoas escapam a um perigo mortal para cair em outro; parece que não podem escapar à morte. Não há nisso fatalidade? - Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte. Chegado esse momento, de uma forma ou de outra, a ele não podeis furtar-vos.”
“853a. Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, não morreremos se a nossa hora não chegou? - Não, não morrerás, e tens disso milhares de exemplos. Mas quando chegar a tua hora de partir, nada te livrará. Deus sabe com antecedência qual o gênero de morte por que partirás daqui, e frequentemente teu Espírito também o sabe, pois isso lhe foi revelado quando fez a escolha desta ou daquela existência.”
Portanto, devemos, em função disso, aproveitar cada oportunidade que surge em nossos caminhos, seja em nosso lar, no trabalho, na vida social como um todo. O nascimento de Polly é a manifestação da essência divina através de uma nova vida. A presença da criança no lar é uma fonte rica de alegrias. Seu sorriso nos enternece trazendo á tona a sensibilidade de nossas almas.
Sarah foi o instrumento dessa oportunidade que Polly recebeu de estar na presente encarnação desfrutando da oportunidade bendita do aprendizado.