Carregando...

  • Início
  • Puxou ao pai ou à mãe? Estudo inédito mostra que não herdamos a personalidade genética como se imaginava

Basta o filho apresentar uma característica semelhante à do pai ou da mãe para ouvir um “puxou aos pais”. Mas será que a personalidade é de fato herdada de forma tão significativa? Selma Trigo comenta a notíca publicada no “O Globo”, sobre pesquisa realisada na Estônia

  • Data :29/07/2024
  • Categoria :

Basta o filho apresentar uma característica semelhante à do pai ou da mãe para ouvir um “puxou aos pais”. Mas será que a personalidade é de fato herdada de forma tão significativa? É o que pesquisadores da Escola de Filosofia, Psicologia e Ciências da Linguagem da Universidade de Edimburgo, na Escócia, e da Universidade de Tartu, na Estônia, decidiram investigar." ….

Leia notícia na integra https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2024/05/03/puxou-ao-pai-ou-a-mae-estudo-inedito-mostra-que-nao-herdamos-a-personalidade-genetica-como-se-imaginava.ghtml - para assinantes

ou a síntese em https://headtopics.com/br/puxou-ao-pai-ou-a-m-e-estudo-inedito-mostra-que-n-o-51924588

O comentário a seguir é de Selma Trigo

Precisamos compreender, que a personalidade de hoje é o reflexo dos vários “Eus” que se somam das inúmeras experiências reencarnatórias.

Na reencarnação, os cenários se modificam, os enredos são reorganizados e os personagens que utilizaram o mesmo palco da vida, anterior, juntam-se a nós, ou não; como também, outros se integram à nossa atual experiência. Enfim, este é o caminho a se seguir no processo da evolução.

Mediante esse contexto inicial e à manchete em pauta, podemos dizer que cada ser que compõe o núcleo familiar é uma individualidade, com suas características próprias “herdadas por ele mesmo”, se assim se podemos falar.

É claro que a educação e a convivência podem refletir no filho, de acordo com o patrimônio espiritual que ele já possui; alguns comportamentos parecidos com o do pai ou da mãe, pela afinidade moral existente entre eles. Até porque, os exemplos nas fases iniciais, principalmente, são importantes recursos para o bem ou para o mal, na educação de uma criança.

Por isso, Walter Oliveira Alves, nos diz que “O estímulo do meio somente estimula se o indivíduo estiver para tal tipo de estímulo.”

E acrescentando a informação acima, em O Livro dos Espíritos, q. 208, Kardec pergunta aos Espíritos:

“Nenhuma influência exerce o espírito dos pais sobre o de seu filho, após seu nascimento?

E os Espíritos responderam: “Influência muito grande; (…) O espírito dos pais tem por missão desenvolver o de seus filhos pela educação; é para eles uma tarefa: serão culpados, se nisso falirem.”

Mediante a resposta dos Espíritos a Kardec, está evidenciado que o aspecto moral pode ser parecido, contudo nada tem a ver com a questão genética.

E para reafirmar a reflexão exposta, trazemos aqui a questão 207, de O Livro dos Espíritos em que Kardec perguntou: “Os pais transmitem, frequentemente, aos filhos uma semelhança física. Transmitem-lhes, também, uma semelhança moral?

E os Espíritos responderam: “Não. Visto que eles possuem almas ou espíritos diferentes. O corpo procede do corpo, o espírito, porém não procede do espírito. Entre os descendentes das raças, apenas há consanguinidade.

Daí compreender que a questão genética nada tem a ver com as características de afinidades morais. São fatores diferentes. Ser a fim não quer dizer que são iguais.

Selma Trigo é espírita e colaboradora do Espiritismo.net.

Bibliografia:
Alves, W.O. Educação do Espírito – Introdução à Pedagogia Espírita. 13.ed. IDE – Araras/ SP, 2007. Kardec, A. O Livro dos Espíritos – 2.ed. Rio de Janeiro: CELD, 2011.