- Daniel Salomão Silva - salomaoime@yahoo.com.br
Compreender a figura de Jesus tem sido um desafio desde sua presença física na Terra. A história do Cristianismo registra as variadas construções teológicas e os diversos debates em torno do Mestre. Se, já no ano 110, Inácio de Antioquia apresenta-o como “nosso Deus”1, o padre alexandrino Ário, aproximadamente dois séculos depois, questiona essa identificação, entendendo Jesus como o ser mais sublime já criado, mas subordinado e inferior a seu Criador.2
Visões intermediárias entre essas duas posições, ou mesmo menos enobrecedoras que a de Ário, surgiram eventualmente entre cristãos e não cristãos, naturalmente secundárias perante o fortalecimento da posição que se tornaria ortodoxa. Derrotado teológica e politicamente, o arianismo foi classificado entre as heresias cristãs. O Cristianismo institucionalizado concluiu pela unidade substancial entre o Pai e o Filho, o que culminaria na construção teológica da Santíssima Trindade em toda sua complexidade.3 Importante é frisar que, ainda que diferentes do entendimento espírita, essas concepções sobre Jesus são compreensíveis, dadas as mentalidades e os métodos filosóficos de suas épocas.
Além do pensamento greco-romano e de elaborações particulares, todas essas cristologias tiveram em suas bases os textos bíblicos, logo tradições judaicas e cristãs. O objetivo desse texto é revisitar essas tradições, buscando compreender melhor o entendimento dos primeiros cristãos sobre Jesus, em diálogo com a compreensão espírita. Limitaremos nossa análise aos evangelhos sinóticos e aos textos judaicos que os fundamentam, com destaque à expressão “Filho do Homem”, que mais enfatiza a condição espiritual extraordinária de Jesus.
Marcantes são os episódios em torno da condenação e da crucificação de Jesus, como já destacamos em texto anterior.4 Seu interrogatório no Sinédrio (Marcos, 14:53-64; Mateus, 26:57-66; Lucas, 22:66-71) é rico de pistas sobre como tentavam compreendê-lo. À primeira pergunta do sumo-sacerdote, Jesus permanece calado, como nos informam os evangelhos de Marcos e Mateus. Todavia, insiste o interrogador, segundo Marcos: “És tu o Messias, o Filho do Deus Bendito?”, ouvindo de Jesus: “Eu o sou. E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poderoso e vindo com as nuvens do céu”. Também em Mateus, ao concordar com a afirmativa de que seria “Cristo, o Filho de Deus”, Jesus faz a mesma afirmativa sobre o Filho do Homem, como anotado analogamente em Lucas.
Duas coisas chamam nossa atenção nesse registro triplo: em primeiro lugar, o relato impressionante sobre a vinda do Filho do Homem; em segundo lugar, a presença correlacionada de três dos mais importantes epítetos atribuídos a Jesus: Filho de Deus, Messias (ou Cristo, sua tradução grega) e o citado Filho do Homem, que merecem reflexão.5 Afinal, essas expressões são indícios da opinião que seus observadores construíram sobre ele.
No Antigo Testamento, “Filho de Deus” é categoria atribuída a seres divinos, membros da corte celestial, subordinados a Deus (Gênesis, 6:2; Deuteronômio, 32:8; Jó, 1:6 etc.). Além disso, sozinhos ou em conjunto, os judeus se vêm no direito de se autodenominarem “filhos de Deus”, afinal “assim falou Iahweh: o meu filho primogênito é Israel” (Êxodo, 4:22). Alguns textos, porém, parecem indicar que apenas os judeus justos mereceriam a denominação (Eclesiástico, 4). A expressão é usada também para se referir ao rei de Israel, filho adotado por Deus (2 Samuel, 7:12-14; Salmos, 2:6ss). Contudo, no período intertestamentário, passa a ser aplicada ao “esperado Messias real”.6 De qualquer forma, nas tradições judaicas são poucas as atribuições da expressão “Filho de Deus” a seres celestiais. Na maior parte dos textos citados, é entendida mais em caráter simbólico, indicando a fidelidade a Deus ou mesmo a relação entre criador e criatura.
No Novo Testamento, Marcos já atribui a expressão a Jesus em seu primeiro versículo, enquanto, em Lucas, o anjo Gabriel a anuncia a Maria (1:32 e 35). O episódio da tentação de Jesus no deserto (Marcos, 1:12-13; Mateus, 4:1-11; Lucas, 4:1-13) parece ter sido entendido como um teste de sua filiação. É chamado “Filho de Deus” com frequência também pelos “demônios” (Marcos, 3:11; Lucas, 4:41 etc.), por homens impressionados com sua pessoa (Marcos, 15:39; Mateus, 27:54), em atitude de deboche (Mateus, 27:40) e por vozes celestiais, em possíveis fenômenos mediúnicos de voz direta.7 Por exemplo, em seu batismo, uma voz “vinda do céu” o proclama “filho amado” (Marcos, 1:11; Mateus, 3:17; Lucas, 3:22). O mesmo ocorre após sua transfiguração e seu diálogo com Elias e Moisés (Marcos, 9:7; Mateus, 17:5; Lucas, 9:35).
Em verdade, nessas narrativas estão categorias do Antigo Testamento, que apresentam quem é Jesus. A proclamação de sua filiação divina ocorre nas palavras do supracitado Salmo 2, referente à realeza e que associa o Filho de Deus ao “real Messias davídico”, como veremos à frente. Esse episódio também apresenta elementos do pensamento apocalíptico judaico, como visões espirituais, aparições e transfigurações, que evocam a figura celestial do Filho do Homem. Ademais, a expressão “em ti me comprazo” remete a Isaías, 42, 52, 53, logo relaciona também o Messias/Filho de Deus à figura do “servo sofredor”, o qual “recebe o poder do espírito de Deus para restabelecer a comunidade da aliança de Israel, por sua justiça, sua humildade, seus ensinamentos, seu ministério profético” e é entregue à morte “como sacrifício pelos pecadores”:8 características facilmente associáveis a Jesus.
Apenas em dois exemplos a referência à paternidade divina é direta: quando se reconhece inferior ao Pai (Marcos, 13:32; Mateus, 24:36) e quando descreve sua relação com ele (Mateus, 11:27; Lucas, 10:22). Nesses trechos, Jesus substitui metaforicamente as expressões “Deus” e “eu” por “Pai” e “filho”. Interessante é que não se refere ao Pai como exclusivamente seu, mas também como dos discípulos (Mateus, 5:16, 6:14-15; Marcos, 11:25; Lucas, 6:36), dos que promovem a paz (Mateus, 5:9) e amam os inimigos (Mateus, 5:44). Entretanto, como já dito, parece que essa expressão, “segundo a qual Jesus é o Filho de Deus messiânico”,9 passou a ser usada pelos cristãos, majoritariamente de modo exclusivo a Jesus, após sua “ressurreição”.
A expressão “Cristo”/“Messias”, associada ao Filho de Deus, é também destacada no interrogatório de nossa análise. À época de Jesus, seu significado era menos claro do que se imagina nos dias de hoje. Afinal, no esforço de compreendê-lo, as primeiras comunidades cristãs “justapuseram e reuniram várias esperanças judaicas”.10 O hebraico Meshiah, o aramaico Meshiha e o grego Christós referem-se simplesmente a alguém ungido com óleo. Conforme as Escrituras, a unção ocorria em ritos de nomeação de reis (1 Samuel, 10:1), profetas (1 Reis, 19:16) ou sacerdotes (Êxodo, 28:41).11
A citação de Isaías em Mateus, 1:23 (“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel…”) favorece sua interpretação como de um anúncio do Messias esperado, do salvador dos judeus. Todavia, em Isaías, 7:14 e nos trechos seguintes, parece que o profeta estava preocupado com a salvação em um contexto mais concreto e contemporâneo. De qualquer forma, também a partir de Isaías, 11:1-9, Oseias, 3:5, Ezequiel, 21:27, Amós, 9:11, dentre outros trechos, podemos deduzir que as expectativas sobre esse messias são de um rei humano excepcional, descendente de Davi, que governará de modo admirável, com valentia, com afeto de pai e com capacidade de instaurar “uma época de paz e bem-estar”.12 Contudo, Zacarias, 9:9-10, texto que pode ser assumido como dos últimos do Antigo Testamento, “recolhendo e adaptando promessas antigas, nos conduz ao autêntico messianismo, à esperança de um salvador definitivo dos últimos tempos”,13 abrindo as portas para interpretações futuras, mas ainda sem algo que aponte para a origem espiritual ou celestial desse messias.
Nas narrativas da infância de Jesus, quando é associado a Davi (Mateus, 2:1-6), como também em sua entrada em Jerusalém (Marcos, 11:9-10; Mateus, 21:9; Lucas, 19:38) e na realização de curas (Marcos, 10:46-48; Mateus, 9:27; Lucas 18:35-39), vemos atestadas expectativas messiânicas.14 Em diálogo com os discípulos, sua associação ao Cristo é também explícita (Marcos, 8:27-30; Mateus, 16:13-17; Lucas, 9:18-20).
De qualquer forma, importante é destacar que, como o rei ou salvador político que nunca pretendeu ser, Jesus fracassou (Lucas, 24:21). Afinal, “o messianismo no judaísmo, tal como era, nunca imaginou alguém fazendo as coisas que Jesus fez, muito menos sofrendo o destino que ele sofreu”.15 Só um entendimento mais simbólico, que ressignifique seu sofrimento e sua humilhação, associando-o ao citado “servo sofredor” de Isaías, e que entenda sua “salvação” em sentido espiritual pode fazer sentido. Essa possível ressignificação pode derivar de sua associação com a última expressão que analisaremos. Afinal, se há aspectos nas expressões “Filho de Deus” e “Messias” que já indiquem uma condição especial de Jesus, identificamos na expressão “Filho do Homem” a que mais aponta para uma compreensão de sua superioridade espiritual, que se aproxima da compreensão espírita.
A expressão “Filho do Homem”, frequente no Novo Testamento, aparece também em tradições judaicas anteriores e contemporâneas a Jesus, canônicas e não canônicas, logo não é uma criação cristã.16 Todavia, por variados motivos, uma análise exclusivamente filológica, ou seja, que verifique apenas traduções e etimologias, não é suficiente para sua compreensão.17 Analisando os contextos de seu uso, um primeiro sentido possível e bem simples de se perceber é o de “ser humano”. Pode ser usada para se referir a “homem”, no sentido genérico, “como ‘um homem como eu mesmo’ ou ‘qualquer homem na minha condição’”.18 Por exemplo, quando o Iahweh se dirige ao profeta Ezequiel, chama-o por “filho do homem” (Ezequiel, 2:1, 11:4 etc.). Isaías também se utiliza do termo para se referir a outros homens (Isaías, 51:12, 6:2).
Também pode ser utilizada como “eu”, em sentido perifrástico ou autorreferente, com intenções eufemísticas. Para os falantes do aramaico, era mais fácil dizer “esse homem (ou ‘o filho do homem’) vai morrer do que “eu vou morrer”. Ou, buscando uma postura menos pretenciosa, dizer que o filho do homem vai ser agraciado por Deus em vez de “eu serei”.19 Nos evangelhos sinóticos, observamos Jesus utilizando-a dessa forma, como em “pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra, eu te ordeno — disse Ele ao paralítico — levanta-te, toma o teu leito e vai para a tua casa” (Marcos, 2:10-11) e em “quem dizem os homens ser o Filho do Homem? (…) E vós, quem dizeis que eu sou?” (Marcos, 8:27-30; Mateus, 16:13-15; Lucas, 9:18-21). A pergunta refeita ao final reforça o entendimento da expressão como “eu”. Contudo, ao assumir-se o “Filho do Homem”, Jesus possivelmente evocava um significado mais profundo.
A expressão pode ser atribuída, de forma mais geral, a algum ser com forma humana.20 Essa aplicação ocorre na linguagem apocalíptica,21 referente à figura sobre-humana de um juiz celestial, como em Daniel, 7 e nos textos não canônicos 1 Enoque, 46, 69 e 71 e 4 Esdras, 13, a qual será associada aos judeus santos ressuscitados no fim dos tempos ou a um Messias divino,22 identificado a Jesus pelos cristãos. Naturalmente, a segunda associação é a que nos interessa aqui.
No livro de Daniel, cujos trechos que nos interessam podem ser datados em 165 a.C., possivelmente está o berço dessa expressão:
Eu continuava contemplando, quando foram preparados alguns tronos e um Ancião sentou-se. Suas vestes eram brancas como a neve; e os cabelos de sua cabeça, alvos como a lã. Seu trono eram chamas de fogo com rodas de fogo ardente. Um rio de fogo corria, irrompendo diante dele. Mil milhares o serviam, e miríades de miríades o assistiam. (...) Eu continuava contemplando, nas minhas visões noturnas, quando notei, vindo sobre as nuvens do céu, um como Filho de Homem. Ele adiantou-se até ao Ancião e foi introduzido à sua presença. A ele foi outorgado o império, a honra e o reino, e todos os povos, nações e línguas o serviram. Seu império é um império eterno que jamais passará, e seu reino jamais será destruído (Daniel, 7:9,10, 13, 14).
Narrativa bem semelhante aparece em 1 Enoque, em textos contemporâneos, que vai descrever o Filho do Homem como “Anjo Santo”, “detentor da justiça, que com ela mora e que revela todos os tesouros secretos; pois Ele foi escolhido pelo Senhor dos Espíritos, por toda a eternidade” (46:1-2). Sua pré-existência aos episódios narrados por Daniel e Enoque, logo à sua vinda à Terra, é ainda enfatizada em “pois dEle procede a paz desde a criação do universo” (71:8) e ao descrevê-lo como “escolhido e mantido oculto junto dEle, antes que o mundo fosse criado” (48:4).23 Ainda que a expressão apenas defina a aparência humana desse ser celestial (“um como filho de homem”),24 a partir dessas descrições se torna também uma referência à sua especialidade.
A referência sinótica ao Filho do Homem “sentado à direita do Poderoso e vindo com as nuvens do céu” (Marcos, 14:62; Mateus, 26:64) nos remete aos textos acima. Para muitos estudiosos, essa expressão é, “para Jesus, o modo de ser de sua identidade celeste”.25 Sua ação futura é caracterizada como um julgamento, pela ação dos anjos e apóstolos ao reunir os escolhidos, como em Mateus, 13:41 (“o Filho do Homem enviará seus anjos e eles apanharão do seu Reino todos os escândalos e os que praticam a iniquidade”), 19:28 (“quando as coisas forem renovadas, e o Filho do Homem sentar em seu trono de glória, também vós, que me seguistes, vos sentareis em doze tronos para julgar as tribos de Israel”), 16:27-28 e 25:31, em textos semelhantes. A ação de anjos em apoio a esse processo também é destacada, por exemplo, em 1 Enoque, 62:7 (“e Ele os entregará aos anjos vingadores, porque maltrataram seus filhos e seus escolhidos”) e 63:1, em texto análogo. Interessante é a retomada de vários desses conceitos no Apocalipse de João, escrito posteriormente.
Enfim, a despeito das demais interpretações cristãs, podemos apontar certa coerência da associação do Filho do Homem celestial a Jesus com entendimentos espíritas. Ainda que a condição de pré-existência não fosse verificada nos demais seres humanos por judeus e cristãos da Antiguidade, ao ser aplicada a Jesus reconhece-se sua condição espiritual superior. Se a compreensão cristã majoritária nos apresenta um ser já gerado em sua perfeição, o Espiritismo pode explicar essa extraordinariedade como fruto de um longo processo evolutivo. Como aponta Kardec,26
Muito antes que a Terra existisse e por mais remota que imaginemos a sua criação, já havia outros mundos, nos quais Espíritos encarnados percorreram as mesmas fases que ora percorremos, atingindo seu fim antes mesmo que tivéssemos saído das mãos do Criador.
Ademais, analogamente às informações de Daniel e 1 Enoque, já em O Evangelho segundo o Espiritismo somos informados que Jesus “preside a toda regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra”.27 Nessa direção, se, para Léon Denis, Jesus pode ser considerado o Governador Espiritual da Terra,28 Emmanuel localiza sua atuação desde os primórdios do planeta,29 como o texto de 1 Enoque.
Como concordam as expectativas dos textos judaicos e cristãos citados, haverá um momento em que Jesus/Filho do Homem “virá” das nuvens do céu, em postura de julgamento dos homens e Espíritos da Terra. As tradições cristãs, como também o fazem de forma semelhante as judaicas e islâmicas analogamente em seus contextos, têm lido esse episódio como de renovação terrestre, em geral acompanhada de destruição global, condenação eterna dos “injustos” e salvação dos “justos”. Tudo isso possui embasamento nos textos bíblicos (Marcos, 13; Mateus, 24; Lucas, 21; quase todo o Apocalipse de João etc.). Todavia, como aponta Kardec, é possível uma leitura mais espiritual e compreensiva desse episódio. Para ele, todas essas previsões de Jesus a partir das expectativas judaicas, se é que foram registradas fielmente,30 são alegóricas,31 ainda que ocultem grandes verdades.
Afinal, anunciam uma revolução mais no campo moral e social que físico, quando o julgamento das consciências não terminará em destruição, mas em oportunidade de renovação; em que o Evangelho estará “restaurado na sua pureza primitiva”; em que o Reino de Deus, anunciado por Jesus, caminhará para sua implantação na Terra.32 Guardados os devidos cuidados com anacronismos, mesmo que os antigos cristãos esperassem toda essa transformação para sua própria época, de forma instantânea, nada impede sua aplicação à janela de séculos que nos rodeia, de forma gradual e amorosa.
VERMES, Geza. As várias faces de Jesus. Rio de Janeiro: Record, 2006, p. 68. ↩︎
RUBENSTEIN, Richard E. Quando Jesus se tornou Deus. Rio de Janeiro: Fisus, 2001, p. 26. ↩︎
MORESCHINI, Claudio. História da filosofia patrística. 2. ed., São Paulo: Loyola, 2013, p. 146 e 204. ↩︎
SILVA, Daniel Salomão. O julgamento de Jesus: contribuições da obra Há dois mil anos. Revista Reformador, FEB, n. 2322, p. 31-36, set/2022. ↩︎
Para maior aprofundamento, ver SILVA, Daniel Salomão. A construção da noção de divindade de Jesus: uma perspectiva baseada na interpretação de Mc 14:61-62, Mt 26:63-64 e Lc 22:67-70. Dissertação de Mestrado. Juiz de Fora: UFJF, 2022. ↩︎
VERMES, Geza. As várias faces de Jesus. Rio de Janeiro: Record, 2006, p. 41. ↩︎
KARDEC, Allan. O livro dos médiuns. Rio de janeiro: FEB, 2009, 2. p., c. 12. ↩︎
MEIER, John P. Um judeu marginal: repensando o Jesus histórico. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. 2, l. 1, p. 146. ↩︎
THEISSEN, Gerd; MERZ, Anette. O Jesus Histórico: um manual. 2. ed, São Paulo: Edições Loyola, 2004, p. 581. ↩︎
HORSLEY, Richard; HANSON, John S. Bandidos, profetas e messias: movimentos populares no tempo de Jesus. São Paulo: Paulus, 1995, p. 90. ↩︎
THEISSEN, Gerd. O movimento de Jesus: história social de uma revolução de valores. São Paulo: Edições Loyola, 2008, p. 288. ↩︎
SICRE, José Luis. Profetismo em Israel: o profeta, os profetas, a mensagem. 3. ed., Petrópolis: Vozes, 2008, p. 460. ↩︎
Idem, p. 492. ↩︎
VERMES, Geza. As várias faces de Jesus. Rio de Janeiro: Record, 2006, p. 216. ↩︎
WRIGHT, Nicholas Thomas. A ressurreição do Filho de Deus. São Paulo: Paulus, 2020, p. 764. ↩︎
CHARLESWORTH, James H. Jesus dentro do Judaísmo: novas revelações a partir de estimulantes descobertas arqueológicas. 3a ed., Rio de Janeiro: Imago, 1992, p. 21. ↩︎
HURTADO, Larry W. Senhor Jesus Cristo: devoção a Jesus no cristianismo primitivo. Santo André: Academia Cristã/Paulus, 2012, p. 400. ↩︎
MEIER, John P. Um judeu marginal: repensando o Jesus histórico. Rio de Janeiro: Imago, 1996, v. 2, l. 1, p. 208. ↩︎
VERMES, Geza. Jesus e o mundo do Judaísmo. 2. ed., São Paulo: Loyola, 2015, p. 113. ↩︎
SEGAL, Alan F. Paulo, o convertido: apostolado e apostasia de Saulo fariseu. São Paulo: Paulus, 2010, p. 102. ↩︎
Discutimos esse assunto em SILVA, Daniel Salomão. O êxtase de Paulo de Tarso em 2Cor 12:2-4. Revista Reformador, FEB, n. 2314, p. 20-30; A compreensão do mundo espiritual pelos primeiros cristãos a partir do pensamento apocalíptico judaico. Revista Reformador, FEB, n. 2321, p. 33-39, ago/2022; etc. ↩︎
VERMES, Geza. As várias faces de Jesus. Rio de Janeiro: Record, 2006, p. 53. ↩︎
Essa pré-existência também será defendida em Gl 4:4, Cl 1:15-20, Rm 8:3, Jo 1 etc. ↩︎
Não nos preocupamos aqui com diferenças de registro da expressão, com ou sem artigo (“do” ou “de”). Variações ocorrem nas traduções, mas não observamos implicações nas interpretações cristãs antigas. ↩︎
BERGER, Klaus. As formas literárias do Novo Testamento. São Paulo: Loyola, 1998, p. 239. ↩︎
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Rio de janeiro: FEB, 2009, 1. p., c. 8, i. 14 e 15. ↩︎
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Rio de janeiro: FEB, 2010, c. 1, i. 7. ↩︎
DENIS, Léon. Cristianismo e Espiritismo. Rio de Janeiro: FEB, 2008, c. 6. ↩︎
XAVIER, Francisco C. A caminho da Luz. Espírito Emmanuel. 36. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2007, c. 1; Há dois mil anos. Pelo Espírito Emmanuel. 49. ed., Rio de Janeiro: FEB, 2020, 1. p., c. 5. ↩︎
KARDEC, Allan. A gênese. Rio de janeiro: FEB, 2009, c. 17, i. 45. ↩︎
Idem, i. 54. ↩︎
Idem, i. 56, 67 etc. ↩︎