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  • Ande como alguém feliz para ser feliz, afirma estudo

Durante o experimento, uma série de pessoas foi testada para saber se estufar o peito e balançar os braços realmente traz mais felicidade do que passos pesados e olhares cabisbaixos. Breno Henrique de Sousa comenta.

  • Data :18/08/2018
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Pesquisa sugere que postura correta e maior movimentação dos braços podem aumentar sua felicidade

POR RENNAN A. JULIO

Uma pesquisa publicada no Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry afirma que para se sentir feliz, basta caminhar como uma pessoa alegre. Durante o experimento, uma série de pessoas foi testada para saber se estufar o peito e balançar os braços realmente traz mais felicidade do que passos pesados e olhares cabisbaixos.

No estudo, o grupo teve de caminhar durante 15 minutos em uma esteira enquanto alguns fatores eram analisados. Os participantes foram acompanhados por câmeras com sensores de movimento. Na frente da esteira, uma tela mostrava as ações de um medidor – que pendia à esquerda quando caminhavam “deprimidos” e à direita quando “felizes”.

À medida que os minutos iam passando, a equipe de pesquisadores pedia para que as pessoas tentassem jogar o medidor para a esquerda ou para a direita. Só que antes de começarem o teste físico, os convidados tiveram que ler uma lista de palavras positivas e negativas.

Depois da caminhada, os participantes tiveram que escrever as palavras que lembravam. O resultado mostrou que quem caminhava de maneira mais triste (seguindo a lógica de outro estudo) conseguiu lembrar mais palavras tristes; e aqueles que andaram felizes se lembraram de mais palavras positivas.

Para os pesquisadores, essa lógica está alinhada a de outros trabalhos publicados sobre o tema. Segundo tais pesquisas, andar como um líder pode aumentar as chances de se tornar um; e segurar uma caneta com os lábios pode aumentar a vontade de sorrir. Então não custa nada andar mais “animado” por aí. Vai que contagia.

Matéria publicada na Revista Galileu , em 23 de outubro de 2014.

Breno Henrique de Sousa* comenta

Mente, corpo e espírito

Constantemente ouvimos notícias sobre como a mente afeta o corpo. Hoje é amplamente aceito que nosso estado emocional afeta a nossa saúde. No Espiritismo observamos que essa relação é muito mais ampla e profunda do que a ciência é capaz de observar, ou seja, não se trata apenas de como o estresse pode causar uma gastrite ou problema cardíaco, a relação entre saúde física e mental possui matizes muito variados e complexos. Observa-se que não apenas a enfermidade pode ser causada pela mente, mas também ocorrem casos de reversão de enfermidades e curas surpreendentes pela ação positiva da mente do próprio enfermo, ou da ação de terceiros (encarnados ou desencarnados) que atuam magneticamente para a cura do indivíduo.

Nesses casos precisamos considerar as divinas leis misericordiosas que nos permitem ajudar-nos reciprocamente, exercitando a lei de amor e caridade. Porém, se a mente age sobre o corpo, o reverso também é verdadeiro. Trata-se de uma via de mão dupla onde o bem estar físico pode ajudar no desenvolvimento e bem estar espiritual. No Evangelho Segundo o Espiritismo, no Capítulo Sede Perfeitos, encontramos o item “Cuidar do Corpo e do Espírito”. Naquele item fica claro que devemos cuidar bem da manutenção dessa “máquina” que precisa de boa alimentação, repouso e atividade na medida correta. Não devemos viver uma vida ascética de mortificação e sacrifício do corpo, nem tão pouco devemos viver de forma sedentária e indolente. O equilíbrio na manutenção do corpo oferecerá as condições para que o espírito possa desenvolver as suas capacidades, afinal, se não precisássemos do corpo para evoluir, não estaríamos encarnados na Terra.

A peculiaridade dessa reportagem é que até mesmo atitudes muito simples, como a reeducação postural do nosso corpo, produz efeitos positivos sobre o nosso estado de ânimo. Se formos capazes de nos observar constantemente, veremos como o nosso corpo dá sinais claros do nosso estado emocional. As emoções estão muito conectadas com o corpo, desde a nossa postura, o nosso olhar, a forma de respirar e de caminhar dão sinais claros do nosso estado emocional. É surpreendente saber que ao corrigirmos aspectos como a postura e a respiração, criamos as condições propícias para o equilíbrio mental. Essa realidade nos faz lembrar também das doutrinas orientais, como a Ioga, as artes marciais ou mesmo pesquisas científicas atuais, como a dessa reportagem, que revelam essa interessante capacidade.

A vigilância dos nossos pensamentos é uma prática fundamental para o nosso aperfeiçoamento, porém, sabe-se que escondemos e reprimimos de forma inconsciente muitas emoções. É comum acharmos que estamos bem, porém o corpo denuncia o contrário, apresentando sintomas como tensões musculares, postura de desânimo, palpitações e outros sintomas que denunciam algum estado latente de ansiedade, medo, raiva ou apreensão. A consciência corporal é sem dúvida um poderoso meio de vigiar-nos e percebermos alguma desordem emocional. Utilizemos todos os recursos disponíveis para o nosso bem estar físico, emocional e espiritual.

  • Breno Henrique de Sousa é paraibano, professor da Universidade Federal da Paraíba nas áreas de Ciências Agrárias e Meio Ambiente. Está no movimento Espírita desde 1994, sendo articulista e expositor. Atualmente faz parte da Federação Espírita Paraibana e atua em diversas instituições na sua região.