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Reencarnação, vivências passadas

1) É possível fazer regressão de memória? Onde se pode fazer regressão?

- Realmente existe a possibilidade da regressão de memória, onde, através de técnicas aplicadas por um profissional habilitado, um médico ou psicólogo devidamente treinado, podemos relembrar fatos de vidas passadas. A extensão desta memória independe da sua vontade ou da vontade do profissional, visto que este mecanismo somente é liberado com a permissão da espiritualidade, pois “gravíssimos inconvenientes teria o nos lembrarmos das nossas individualidades anteriores. Em certos casos, humilhar-nos-ia sobremaneira. Em outros nos exaltaria o orgulho, peando-nos em conseqüência, o livre-arbítrio. Para nos melhorarmos, dá-nos Deus exatamente o que nos é necessário e basta: a voz da consciência e os pendores instintivos. Priva-nos do que nos prejudicaria. Acrescentemos que, se nos recordássemos dos nossos precedentes atos pessoais, igualmente nos recordaríamos dos outros homens, do que resultariam talvez os mais desastrosos efeitos para as relações sociais. Nem sempre podendo honrar-nos do nosso passado, melhor é que sobre ele um véu seja lançado.” Livro dos Espíritos, pergunta 394.

Hoje, temos profissionais habilitados à terapia de vidas passadas, que tem como propósito principal o alívio de determinados traumas, ou desconfortos que nos impeçam de viver saudavelmente. Em nosso portal, você poderá encontrar duas palestras virtuais, uma de Arleir Bellieny, psicólogo, terapeuta de Vida Passada, com formação em Psicologia Transpessoal e formado pela SBTVP (Sociedade Brasileira de Terapia de Vida Passada, com sede em Campinas/SP), atuando em consultório e no Hospital Miguel Couto Rio de Janeiro/RJ - Departamento de Saúde Mental (Hipnose), e outra palestra de Henrique de Oliveira Fernandes, espírita formado na área de Psicologia, com Especialização na área de Terapia de Vida Passada, professor universitário e membro da AME-Rio (Associação Médico-Espírita do Rio de Janeiro).

Existe em todo território nacional, a Associação Médica Espírita (AME). No site da AME (http://www.amebrasil.org.br ) pode-se obter mais informações, inclusive sobre congressos e cursos.

A Doutrina Espírita não estimula as pessoas a fazerem, por simples curiosidade, a Terapia Regressiva de Vidas Passadas. Mesmo os psicólogos que trabalham com regressão apenas a recomendam nos casos graves e em que não houve qualquer resultado positivo depois de usadas as terapias convencionais. Ao contrário, o Espiritismo explica as razões por que o passado é esquecido.

No “O Livro dos Espíritos”, compilado por Allan Kardec em forma de perguntas e respostas, há uma série de questionamentos relacionados ao esquecimento do passado. Este livro foi produzido com o apoio de Espíritos Superiores, que responderam perguntas formuladas sobre diversos assuntos, abordando aspectos filosóficos, científicos e religiosos da realidade espiritual, do homem e da natureza. No site da FEB - Federação Espírita Brasileira (http://www.febnet.org.br ), você poderá fazer o download do livro em questão, bem como das demais obras da codificação, e esclarecer outras possíveis dúvidas à luz da Doutrina Espírita.

Em nosso portal, você poderá fazer o download do livro em questão, bem como das demais obras da codificação, e esclarecer outras possíveis dúvidas à luz da Doutrina Espírita.

Na pergunta 393, Kardec pergunta aos Espíritos:

393. Como pode o homem ser responsável por atos e resgatar faltas de que se não lembra? Como pode aproveitar da experiência de vidas de que se esqueceu? Concebe-se que as tribulações da existência lhe servissem de lição, se se recordasse do que as tenha podido ocasionar. Desde que, porém, disso não se recorda, cada existência é, para ele, como se fosse a primeira e eis que então está sempre a recomeçar. Como conciliar isto com justiça de Deus?” E os Espíritos responderam:

Em cada nova existência, o homem dispõe de mais inteligência e melhor pode distinguir o bem do mal. Onde o seu mérito se se lembrasse de todo o passado? Quando o Espírito volta à vida anterior (a vida espírita), diante dos olhos se lhe estende toda a sua vida pretérita. Vê as faltas que cometeu e que deram causa ao seu sofrer, assim como de que modo as teria evitado. Reconhece justa a situação em que se acha e busca então uma existência capaz de reparar a que vem de transcorrer. Escolhe provas análogas às de que não soube aproveitar, ou as lutas que considere apropriadas ao seu adiantamento e pede a Espíritos que lhe são superiores que o ajudem na nova empresa que sobre si toma, ciente de que o Espírito, que lhe for dado por guia nessa outra existência, se esforçará pelo levar a reparar suas faltas, dando-lhe uma espécie de intuição das em que incorreu. Tendes essa intuição no pensamento, no desejo criminoso que freqüentemente vos assalta e a que instintivamente resistis, atribuindo, as mais das vezes, essa resistência aos princípios que recebestes de vossos pais, quando é a voz da consciência que vos fala. Essa voz, que é a lembrança do passado, vos adverte para não recairdes nas faltas de que já vos fizestes culpados. Em a nova existência, se sofre com coragem aquelas provas e resiste, o Espírito se eleva e ascende na hierarquia dos Espíritos, ao voltar para o meio deles.

Vide os exemplos abaixo retirados de “O Livro dos Espíritos”. Para melhor compreensão recomendamos a leitura das questões 394 a 399, do mesmo livro, de onde foram retirados esses trechos mais significativos:

(…) No esquecimento das existências anteriormente transcorridas, sobretudo quando foram amarguradas, não há qualquer coisa de providencial e que revela a sabedoria divina? Nos mundos superiores, quando o recordá-las já não constitui pesadelo, é que as vidas desgraçadas se apresentam à memória. Nos mundos inferiores, a lembrança de todas as que se tenham sofrido não agravaria as infelicidades presentes? Concluamos, pois, daí que tudo o que Deus fez é perfeito e que não nos toca criticar-Lhe as obras, nem Lhe ensinar como deveria ter regulado o Universo. Gravíssimos inconvenientes teria o nos lembrarmos das nossas individualidades anteriores. Em certos casos, humilhar-nos-ia sobremaneira. Em outros nos exaltaria o orgulho, peando-nos em conseqüência, o livre-arbítrio. Para nos melhorarmos, dá-nos Deus exatamente o que nos é necessário e basta: a voz da consciência e os pendores instintivos. Priva-nos do que nos prejudicaria. Acrescentemos que, se nos recordássemos dos nossos precedentes atos pessoais, igualmente nos recordaríamos dos outros homens, do que resultariam talvez os mais desastrosos efeitos para as relações sociais. Nem sempre podendo honrar-nos do nosso passado, melhor é que sobre ele um véu seja lançado. Isto concorda perfeitamente com a doutrina dos Espíritos acerca dos mundos superiores à Terra. Nesses mundos, onde só reina o bem, a reminiscência do passado nada tem de dolorosa. Tal a razão por que neles as criaturas se lembram da sua antecedente existência, como nos lembramos do que fizemos na véspera. Quanto à estada em mundos inferiores, não passa então, como já dissemos, de mau sonho.
395. Podemos ter algumas revelações a respeito de nossas vidas anteriores?
Nem sempre. Contudo, muitos sabem o que foram e o que faziam. Se se lhes permitisse dizê-lo abertamente, extraordinárias revelações fariam sobre o passado".

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