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Práticas espíritas

1) Quais são os rituais no Espiritismo?

Não existem rituais no Espiritismo.

A Doutrina Espírita não adota em suas reuniões ou em suas práticas:

  • paramentos ou quaisquer vestes especiais;
  • vinho ou qualquer bebida alcoólica;
  • incenso, mirra, fumo, ou substâncias outras que produzam fumaça;
  • altares, imagens, andores, velas e quaisquer objetos materiais como auxiliares de atração do público;
  • hinos ou cantos em línguas mortas ou exóticas;
  • danças, procissões ou atos análogos;
  • atender a interesses materiais, rasteiros ou mundanos;
  • pagamento por toda e qualquer atividade exercida pelo próximo;
  • talismãs, amuletos, orações miraculosas, bentinhos, escapulários ou qualquer objeto;
  • administração de sacramentos, concessão de indulgências, distribuição de títulos nobiliárquicos;
  • confeccionar horóscopo, exercer a cartomancia, quiromancia e outras mancias;
  • rituais e encenações extravagantes de modo a impressionar o público;
  • fazer promessas e despachos, riscar cruzes e pontos, praticar, enfim, a longa série de atos materiais oriundos das velhas e primitivas concepções religiosas.

2) Existe batismo no Espiritismo?

- O batismo é um ritual de alguns segmentos religiosos, principalmente da igreja católica. A Doutrina Espírita não segue rituais.

Para o espírita o batismo não tem significado algum, como vemos na declaração de Cairbar Schutel, no opúsculo “O Batismo”, Casa Editora O Clarim:

Fica, pois, prevalecendo o batismo do Espírito Santo e com Fogo, que deve ser ministrado aos nossos filhos, na forma de evangelização, quando eles hajam atingido idade suficiente para a perfeita assimilação dos ensinos crísticos em espírito e verdade!

A palavra batismo significa, no grego, mergulho, mergulhar. Portanto, quando João Batista se refere ao batismo, menciona o mergulho NO Espírito santo. Ninguém pode batizar COM O Espírito Santo, pois ninguém mergulha COM o Espírito Santo, mas NO Espírito Santo, NA centelha divina em nós presente (cf. ALEIXO, Sergio F. REENCARNAÇÃO, cap. 13, Lachâtre). E, de fato, segundo João Evangelista (cf. 4:1), Jesus nunca batizou ninguém. Mas como era uma prática muito antiga mesmo para a época, por tradição era seguida. Jesus respeitou, mas não a levou adiante. Seus discípulos é que o fizeram posteriormente. Quanto a Jesus, ele nunca se referiu ao batismo, e sim ao renascimento da água e do espírito (João, cap. 3), isto é, à reencarnação e à mudança de pensamentos e sentimentos (cf. ALEIXO, Sergio F. REENCARNAÇÃO, cap. 3).

Para conhecimento apresentamos o texto completo de “O BATISMO” - Cairbar Schutel - Ed. O Clarim

“O SIGNIFICADO E A FINALIDADE DO BATISMO - Não podíamos tratar de assunto de tanta relevância, como é o batismo, sem trazer ao vosso conhecimento essas notas históricas, cujo concurso é imprescindível para o desenvolvimento e aclaramento do tema que nos prende a atenção.

Agora, de posse das referidas notas históricas, está vosso espírito preparado para o raciocínio e a elucidação do assunto; podemos, sem receio de não sermos compreendidos, respigar convosco o Evangelho, Divino Trigal que Jesus Cristo o maior de todos os lavradores da Seara Espírita, nos legou!

O Evangelista Mateus abre o capítulo III do seu livro, dizendo:

Naqueles dias apareceu João Batista pregando no Deserto da Judéia: Arrependei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus. Pois é a João que se refere o que foi dito pelo profeta Isaías: Voz que clama no deserto; preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas”.

Ora, o mesmo João usava uma veste de pelo de camelo e uma correia em volta da cintura; e alimentava-se de gafanhotos e mel silvestre. Então ia ter com ele o povo de Jerusalém, de toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão; e eram por ele batizados, confessando os seus pecados”.

Do versículo 7 em diante, para os quais chamamos ainda mais a vossa atenção, diz esse evangelista:

Mas, vendo João que muitos fariseus e saduceus vinham ao seu batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos recomendou que fugísseis da ira vindoura? Dai, pois, frutos dignos de arrependimento; e não queirais dizer dentro de vós mesmos: Temos por aí a Abraão; porque vos declaro que destas pedras Deus pode suscitar filhos de Abraão. O machado já está posto, à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não dá bom fruto, é cortada e lançada ao fogo”.

A clareza que ressalta desses trechos deixa bem patente que o objetivo de João Batista não era estabelecer cerimônia alguma para transformá-la em sacramento.

Mas os fariseus e saduceus, que não compreendiam isso, queriam o sinal exterior, a cerimônia, a imersão na água sob a autoridade do Profeta, que lhes negou esse ato, alegando que o seu intuito era regenerar, limpar, purificar almas, e não simplesmente banhar corpos. Daí a recomendação: “Dai frutos de arrependimento, porque o machado já está pronto à raiz das árvores infrutíferas”.

O Evangelista Marcos, a seu turno (cap.I, vs. 1 a 6), limita-se a repetir o que diz Mateus.

Lucas, cap. III, vs. 1 a 10, mutatis mutandis, repete o que escreveram os seus colegas de Apostolado, Mateus e Marcos, acrescentando, entretanto, a época do nascimento de João, que se verificou no reinado de Tibério César. Este evangelista, como os demais, frisa bem que João pregava o BATISMO DO ARREPENDIMENTO PARA REMISSÃO DOS PECADOS.

João Evangelista, que inicia o seu Evangelho com a maravilhosa peça literária sobre a ENCARNAÇÃO DO VERBO, tratando de João Batista, cap.I, vs. 24 a 28, descreve o encontro deste profeta com os sacerdotes e levitas, enviados dos fariseus, que lhe inquiriram sobre a virtude e o poder do seu BATISMO COM ÁGUA, cuja razão o Batista não quis expor, limitando-se tão-somente a dizer: “Eu batizo com água; no meio de vós está quem vós não conheceis; é aquele que há de vir depois de mim, ao qual eu não sou digno de desatar a correia das sandálias. EU SOU A VOZ QUE CLAMA NO DESERTO: ENDIREITAI O CAMINHO DO SENHOR”.

O que se pode deduzir dessas passagens, analisadas sem espírito preconcebido?

Porventura vemos, nas mesmas, motivo para o estabelecimento do batismo, tal como o ministram as Igrejas, que ainda o revestem de formalidades em que se salientam substâncias salinas e oleosas, vestes especiais etc? Certamente que não. Sendo ele feito no corpo, por que milagre transubstancia-se para purificar o Espírito? O sal, o óleo e a água podem exercer influência sobre o ser inteligente, imortal, o Espírito enfim? Como e por que processo?

Mas continuemos nossa análise, sem nos esquecer de que nenhuma palavra dos trechos estudados autoriza esse BATISMO DE ÁGUA, cuja eficácia o próprio João Batista não justificou aos sacerdotes das diversas seitas então existentes.

Voltemos novamente ao Evangelho de Mateus, versículos subseqüentes aos que estudamos, 11 e 12. Diz o Batista: “Eu, na verdade, vos batizo com água, para o ARREPENDIMENTO; mas aquele que há de vir depois de mim é mais poderoso do que eu, e não sou digno de levar-lhe as sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo; a sua pá ele a tem na sua mão, e limpará bem a sua eira; e recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará palha em fogo inextinguível”.

O TRIGO representa aqueles que ouvem a palavra do Senhor e praticam a virtude, que se resume no amor a Deus e ao próximo; a PALHA representa os amigos do culto, das exterioridades, das cerimônias vãs, que terão de desaparecer da maneira como desaparece a palha sob a ação do fogo.

BATISMO DO ESPÍRITO SANTO, que o Batismo de Jesus, importa na comunhão do Espírito Santo, ou seja, do conjunto dos Espíritos bons, puros, com os seguidores de Jesus.

BATISMO DE FOGO é a destruição dos dogmas e cultos exteriores, que se tornaram árvores infrutíferas e à raiz das quais está posto o machado, a fim de serem cortadas e lançadas ao fogo.

O fogo, símbolo empregado por João Batista, representa o grande purificador de tudo o que é submetido ao seu calor. O ouro passa pela prova do fogo e se liberta de suas impurezas. Os outros metais igualmente ficam libertos de elementos estranhos. Assim também o BATISMO DE FOGO representa o calor da lógica, do raciocínio, dos fatos em face das crenças, esse calor que fortalece, vivifica e purifica almas envoltas no frio da descrença e do indiferentismo!

O batismo do Espírito Santo arrebata as almas para os Céus, mas o BATISMO DE FOGO pulveriza, calcina, destrói tudo aquilo que é da Terra.

O batismo do Espírito Santo é promissora esperança para todos aqueles que seguirem a Jesus Cristo, mas ninguém receberá esse batismo sem antes receber o BATISMO DE FOGO, porque, se aquele exalta e santifica, este regenera, corrige e salva! O BATISMO DE FOGO tem por seqüência o batismo do Espírito Santo, e este não se pode verificar antes que se haja verificado aquele!

Notai a contradição extraordinária que existe entre o batismo das religiões dos homens e o da religião de Jesus Cristo! Os homens batizam com ÁGUA; Jesus, com FOGO; os homens na CARNE; Jesus no ESPÍRITO!

Eis aí, pois, a análise sucinta dos trechos evangélicos que, longe de justificarem o BATISMO PAGÃO das Igrejas, o condenam como antítese do Cristianismo.”

3) Como é o casamento no Espiritismo?

- Nas obras que compõem a Codificação da Doutrina Espírita, de Allan Kardec, não há nenhuma referência a qualquer cerimônia ou ritual, tais como casamentos, batizados, etc. Em Conduta Espírita (Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz) está claro que no Espiritismo não cabem rituais de qualquer tipo. Isso porque, todos nós somos filhos diretos de Deus, e como tal, não precisamos de nenhum intermediário para entrarmos em contato com Ele, tais como sacerdotes ou objetos materiais como talismãs, imagens, etc.

Já o verdadeiro espírita é aquele que pode ser reconhecido “pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII, item 4). Ou seja, os verdadeiros espíritas não sao espíritos já superiores, até porque estes não reencarnam em nosso planeta normalmente, mas sim, aqueles que se esforçam por se tornar pessoas melhores do que elas mesmas. Portanto, para o Espírita não há necessidades de rituais tais como o batismo, casamento religioso e outros. O que podemos fazer é, sempre, solicitar a proteção e o amparo dos bons Espíritos para que tenhamos uma vida conjunta em harmonia ( no caso de casamentos ) e que possamos recepcionar e cumprir nossos compromissos com o novo ser que vem a reencarnar sob nossa responsabilidade. Em todos os momentos de nossa vida nos utilizarmos da prece, tanto para pedir amparo, como para agradecer o que temos recebido.

O casamento existe no Espiritismo enquanto Instituição, mas não como rito. Para ficar mais claro, não existe cerimônia religiosa de Casamento no Espiritismo, mas os Espíritos Superiores confirmam, nas obras básicas da Codificação, a importância do Casamento: Livro dos Espíritos, questão 695 - O casamento, quer dizer, a união permanente de dois seres, é contrário à lei natural?

- É um progresso na marcha da Humanidade. Certo, mas ainda não chegamos ao ponto. Porque o Espiritismo não tem Cerimônia Religiosa de Casamento, ou rito de casamento?

A resposta não poderia ser mais simples. Primeiro porque Deus abençoa e auxilia a todos, e a todos os casamentos, com ou sem cerimônia. Então o primeiro motivo é este: o rito não é necessário na busca do auxílio divino. Deus auxilia mesmo sem o pedir. O rito não é proibido, ou mau, não. Ele é apenas desnecessário.

O segundo motivo é o seguinte: para conquistar a aprovação divina para a sua união, o casal não deve promover atos externos, mas condutas íntimas: assim amar sem condições, ser fiel e monogâmico, paciencioso, e todos os deveres que devemos ter para com o nosso consorte. Por isto o Espiritismo não tem a cerimônia religiosa. Quando for casar, pensando na questão espiritual, o Espírita buscará livros, a opinião dos mais velhos, de psicólogos, e não correrá atrás de vestido, terno, flores, carro, alianças, jura, e todo o aparato exterior que não contribui com o interior…

Além disso há que considerar que muitos rituais religiosos são caros, e a moral cristã nos recomenda buscar no mundo somente o necessário, distribuindo o supérfluo com o nosso semelhante. Quantas velas e incensos são queimados em rituais religiosos ao passo que bilhões de irmãos sofrem necessidades? Quem distribui um pão a quem precisa agrada mais aos olhos de Deus do que quem cumpre um rito religioso, quanto mais se for dispendioso.

4) Como fazer feitiços?

- No Espiritismo não encontraremos esse tipo de prática, pois a Doutrina Espírita nos orienta a viver em conformidade com as leis naturais, que são as leis de Deus. Segundo uma dessas leis, a de Causa e Efeito, recebemos de volta os efeitos de nossas ações. Se agimos no bem, teremos o bem de retorno. Se praticamos o mal, este voltará a nós. Em sendo assim, o recomendável, por ser mais inteligente, é exercitar o amor e a caridade, praticar o perdão das ofensas e a indulgência para com as imperfeições dos outros, desejar o bem a todos, inclusive aos que consideramos como nossos inimigos. Agindo assim receberemos dos outros os bons pensamentos, a gratidão, os mesmos valores que a eles direcionamos. É este o verdadeiro sentido da vida, capaz de nos trazer a felicidade e o bem-estar.

Outra lei, a da Liberdade, estabelece que não devemos ser constrangidos a fazer ou deixar de fazer alguma coisa. Segundo essa mesma lei, os nossos direitos terminam quando começam os direitos do próximo. Não poderemos ter uma convivência harmoniosa e pacífica, senão vivendo consoante esse princípio legal.

A ninguém é dado o direito e nem o poder de obrigar alguém a gostar de outrem, pois essa escolha deve ser de livre e espontânea vontade. Qualquer violação desse direito redundará em prejuízos que exigirão sejam reparados, mais cedo ou mais tarde.

Jesus nos deixou uma regra áurea do bem viver, segundo a qual, só deveremos fazer aos outros aquilo que desejamos que os outros nos façam.

Se desejamos que alguém se apaixone por nós, damos esse mesmo direito a outros em relação a nós. Com certeza não gostaríamos de ser forçados a nos relacionar com alguém em contrário à nossa vontade.

O mesmo raciocínio deve ser aplicado em relação a emprego. Como obrigar uma empresa a nos aceitar, retirando dela o direito de contratar alguém com o perfil que ele considere adequado aos seus interesses e objetivos?

O que fazer então?

Quanto aos sentimentos que nutrimos por determinada pessoa, devemos agir naturalmente mostrando a ela nosso interesse, fazendo o que for possível para conquistá-la, mas de forma natural, sem forçar nada. Se esse alguém não corresponder às nossas manifestações afetivas, o correto é deixá-lo livre e procurar outra pessoa que realmente corresponda aos nossos sentimentos.

Segundo nos confirmam os Espíritos Superiores, em relação aos fatos mais importantes que marcam as nossas vidas, a exemplo do casamento, da profissão e do País e lugar aonde fixaremos residência, existe um planejamento que foi elaborado no plano espiritual, supervisionado pelos nossos mentores espirituais, que estabelece as pessoas e as situações com as quais realizaremos as nossas experiências.

Em cumprimento a esse plano, no lugar e no momento certo essa pessoa com a qual nos consorciaremos cruzará os nossos caminhos, demonstrando a primeira vista simpatia e afinidade conosco. Em sendo assim, não há porque precipitar as coisas, forçando uma amizade que provavelmente não nos foi programada. E se não foi prevista na espiritualidade, há muitas chances de não termos sucesso.

Relativamente ao setor profissional, o caminho certo é preparar-se para a conquista de um trabalho à altura do esforço realizado. Investir no estudo, em cursos, para submeter-se aos concursos que estão abertos à espera dos candidatos que reúnam as condições de neles passarem.

Qualquer trabalho é nobre e digno, desde que executado com responsabilidade, disciplina e desejo de acertar e progredir sempre.

Mantenha-se vigilante e com o pensamento elevado através da oração, trabalhando e estudando, fazendo o bem a todos que a rodeiam, que com certeza as portas se lhe abrirão, em consonância com as palavras de Jesus: “Pedi e obtereis; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.”

Recomendamos freqüentar uma casa espírita, para participar das reuniões de palestras e estudos, que muito colaborarão para o conhecimento e vivência das leis de Deus.

Sugerimos a boa leitura, tanto das obras básicas da Doutrina Espírita, quanto os inúmeros livros de mensagens edificantes que chegam a nós através de abnegados médiuns trazendo consolo ao coração.

Recomendamos o estudo do Evangelho no Lar. É um trabalho simples. Escolhemos alguns minutos por semana e nos reunimos com todos aqueles que vivem conosco, para o aprendizado das lições de Jesus. Que seja feito esse estudo no mesmo dia da semana e horário. Iniciamos com uma prece espontânea, abrimos uma página do Evangelho Segundo o Espiritismo e lemos, em voz alta, alguns trechos, comentando-os em seguida.

5) Como posso obter previsões para o futuro?

- O serviço de perguntas e respostas do Espiritismo.net destina-se ao Atendimento Fraterno e ao esclarecimento de questões e dúvidas de cunho doutrinário, dúvidas, indicações bibliográficas e uma série de outras situações onde buscamos auxiliar nossos usuários, espíritas ou não, no encontro de suas necessidades.

Se você deseja receber informações mediúnicas sobre decisões pessoais materiais, é preciso compreender que este tipo de tarefa não é exercida por instituições espíritas sérias, e nem mediamos tais comunicações.

A comunicação mediúnica séria, com vistas ao auxílio, ao consolo e ao trabalho no bem é realizada dentro de uma casa espírita, com uma equipe de médiuns (pessoas que possuem uma faculdade que lhes permite comunicar-se com os espíritos desencarnados) e uma equipe espiritual, que dirige este trabalho e é responsável pela organização das comunicações, e a avaliação dos casos apresentados, trazendo o que possa ser descortinado à família, no intuito de consolar e esclarecer.

Há pessoas que costumam dizer que o futuro a Deus pertence, porém nosso futuro pertence muito mais a nós mesmos uma vez que vamos desenhando-o pela vida à medida que vamos direcionando nossos próprios passos.

Fica difícil por isso fazer previsões de nossos êxitos ou fracassos futuros, podemos sim e na verdade devemos esperar mais ou menos de nosso futuro na medida do que rendermos hoje.

Nossas escolhas e dedicações por isso devem ser moldadas sempre no valor de fazer e dar o melhor de nós para que no futuro bons frutos possam ser colhidos. Há muitos teóricos que defendem a tese de que o que mais tem feito o homem do mundo infeliz é viver o hoje pensando apenas no amanhã. Segundo eles o melhor caminho a seguir é viver o agora com tanta eficiência e dedicação que não deixe margem para um futuro duvidoso.

Não são só os teóricos de hoje que pensam assim na verdade, o nosso Mestre maior, aquele que nos deixou todos os instrumentos necessários para regermos bem a orquestra da vida já nos dizia no Sermão do Monte: “Não andeis cuidadosos da vossa vida, pelo que haveis de comer ou de beber, nem do vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que a roupa? Olhai as aves do céu, que não semeiam nem ceifam nem ajuntam em celeiros e, entretanto, vosso Pai Celestial as alimenta. Porventura não valeis vós muito mais que elas? Qual de vós, pôr mais preocupado que esteja pode acrescentar um côvado ao curso da vida? E com as vestes, por que vos inquietais? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. Contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles. Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao forno, quanto mais a vós, homens de pouca fé? Portanto, não vos inquieteis dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos? Os gentios é que procuram todas essas estas coisas, pois vosso Pai Celestial sabe que precisais de todas elas. Buscai, pois, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Portanto não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; bastam a cada dia os seus próprios males.”

Assim, procure fazer hoje o melhor que puderes por você e por todos que te cercam, amanhã certamente sereis abençoado por seu próprio esforço.