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A filosofia da paz foi escrita e vivida por diversas pessoas. Um dos artistas mais geniais que conheço chama-se Hermann Hesse. No seu livro “O Lobo da Estepe” o personagem principal encontra-se no entre guerras do século XX, vendo a mídia empurrar a população para o sentimento de ódio aos inimigos. Mas não desiste. Escreve sobre a paz, que começa dentro de cada um. Alerta que cada um tem que olhar para si mesmo. Meditar. Conhecer o ódio dentro de si. E optar pela paz.

A filosofia da paz foi escrita e vivida por diversas pessoas.*

Um dos artistas mais geniais que conheço chama-se Hermann Hesse. No seu livro “O Lobo da Estepe” o personagem principal encontra-se no entre guerras do século XX, vendo a mídia empurrar a população para o sentimento de ódio aos inimigos.

Mas não desiste. Escreve sobre a paz, que começa dentro de cada um. Alerta que cada um tem que olhar para si mesmo. Meditar. Conhecer o ódio dentro de si. E optar pela paz.

Eis uns pequenos trechos de reflexão do personagem:


“Durante a guerra, eu me mantive antibelicista; depois da contenda incitei os homens a paz, a paciência e ao humanitarismo, a examinarem-se a si mesmos (…)

“(…) cada povo e cada indivíduo , em vez de sonhar com falsas ‘responsabilidades’ políticas, devia refletir a fundo sobre a parte de culpa que lhe cabe da guerra e de outras misérias humanas, quer por sua atuação, por sua omissão, ou por seus maus costumes (…)

“Uma hora de reflexão, um momento de entrar em si mesmo e perguntar a parte de culpa que lhe cabe nesta desordem e nesta maldade que impera no mundo - mas ninguém quer fazê-lo!”


Penso nas nossas pequenas guerras do cotidiano…

Coloco-me no lugar dele e de outros cujos amigos foram para a estupidez do campo de batalha e foram acusados de traição e antipatriotismo…

Hoje vejo a mídia mostrando tragédias e violências, e calando-se diante de tanta coisa bonita que acontece… E percebo que há um sentimento geral de medo, de desânimo e apatia quanto ao futuro.

Me sinto só. Me sinto contra a maré. Mas preciso continuar dizendo: acredito no amor que há no coração de cada ser humano. Acredito na política porque acredito no diálogo, porque acredito no ser humano.

Logion 96 do Evangelho de Tomé: “O Reino do Pai é semelhante a uma mulher que tomou um pouco de levedura, a escondeu na massa e fez com ela grandes pães: que aquele que tenha ouvidos, ouça!” **

26 de maio de 2014

** Nota do editor: Veja também Mateus 13:33 e Lucas 13:20-21