Nossa percepção com relação àqueles que modernamente aderem ao movimento espírita nos dias de hoje, após várias reflexões e ponderações com amigos de alguns Centros Espíritas (considerando um período de cerca dos 10 últimos anos), nos apresenta indicações muito interessantes, algumas das quais nos pareceram relevantes e que passamos a comentar:
Aumento do número daqueles que procuram os cursos das Casas Espíritas e principalmente para assistir palestras (muitas Casas possuem estatísticas sobre isso), levados tradicionalmente pela dor, pela dúvida, pela curiosidade, mas muitos também, principalmente, pelo efeito das abordagens sobre Espiritismo na mídia de uma forma geral (filmes, novelas, etc).
Melhoria do nível dos oradores e expositores de estudos, o que é produto da preocupação dos Administradores das Casas na escolha dos mesmos. Eles são responsáveis por uma parcela importante, pois é a “porta de entrada” das Casas.
As idades variam, agora incluindo, principalmente, os jovens, o que se faz notar pelos questionamentos que fazem e pela busca de lógica no conteúdo das respostas. À medida que se satisfazem, buscam mais e mais informações, porque já vivem num ambiente avançado tecnologicamente e com isso mostram-se muito mais lógicos e objetivos na obtenção de resultados quanto às suas questões.
Muitos adeptos antigos da Doutrina dos Espíritos mostram mais entusiasmo em estudar porque encontram respaldo e modernidade nas perguntas de Kardec em “O Livro dos Espíritos” e, a partir daí, se entusiasmam com as demais obras da Codificação como fonte de estudos de fato, em detrimento dos livros romanceados, e por isso que podem ser denominamos como sendo os “novos espíritas”.
Há uma expectativa de crescimento cada vez mais abrangente na divulgação da Doutrina Espírita, apontando para seu estudo e prática, na medida em que são disseminados os ensinos de Jesus, promovendo seu conhecimento sistemático.
E com o surgimento do computador, quantas palestras e estudos não são feitos hoje ao vivo, a cores e em tempo real… Há estações de rádios, há o acesso ao Espiritismo via mídia televisiva, afinal, já entramos no terceiro milênio e é preciso somar novos artifícios de qualidade para divulgar a Doutrina dos Espíritos, que é a maior caridade que se pode fazer por ela mesma, ajudando na evolução do homem.
Vemos, portanto, nesse aspecto, mais uma preparação natural para a transformação da Terra num Planeta de Regeneração, pois “são chegados os novos tempos” e uma geração de “novos espíritas” também começa a surgir, incluindo novos e antigos adeptos, através de estudos, pois é somente com a fé obtida pela razão, sem nenhum dogma, que aprenderemos a verdade e é ela que nos libertará.
Observamos também que antigos adeptos estão buscando mais os cursos internos e o acesso, tanto às obras básicas, como as de Léon Denis, Humberto de Campos, Joanna de Ângelis, Herculano Pires e outros nomes expoentes do Espiritismo, aprimorando o conhecimento e entendimento das bases doutrinárias, o que promoverá os seguidores para divulgadores, de aprendizes a mestres.
Vemos nos últimos tempos que a Terra se agita nas suas entranhas, vemos também o homem tomando as mais diversas posições diante da sua vida e a do seu próximo, discutindo seus antigos hábitos, prenunciando a evolução do planeta e dos seus habitantes. Cabe, então, a esses “novos espíritas” que nos sucederão trilhar o árduo caminho da difusão da mensagem consoladora do Espiritismo, tarefa para a qual nos compete entusiasmá-los e facilitar sua compreensão, como pudermos, visando um futuro melhor e mais feliz, de forma crescente para o homem.