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Ter depressão não é fácil. E não é só por causa da doença sem si. Embora o mal seja um dos mais comuns do mundo contemporâneo – atinge 7% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) –, ele também é um dos mais incompreendidos. Claudio Conti comenta.

  • Data :07/09/2016
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7 de setembro de 2016

Jogo mostra a depressão de maneira didática

Em “Rainy Day”, o objetivo é sair da cama. E essa não é uma tarefa fácil para quem sofre da doença. por Redação Galileu Ter depressão não é fácil. E não é só por causa da doença sem si. Embora o mal seja um dos mais comuns do mundo contemporâneo – atinge 7% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) –, ele também é um dos mais incompreendidos. Foi para aumentar a conscientização sobre o tema que a desenvolvedora de jogos Thais Weiller e a ilustradora Amora B. – da JoyMasher – criaram o jogo Rainy Day (“Dia Chuvoso”, em tradução livre). O game é bem curto. O jogador tem um único objetivo: sair da cama e chegar ao trabalho. Para fazer isso, basta selecionar, em cada tela, o próximo passo da protagonista. Tão simples quanto acordar na vida real, certo? Não, claro. Levantar pela manhã é um esforço inexplicável para quem sofre da doença. As decisões mais banais, como fazer café ou tomar banho, aparecem borradas, e a opção de voltar para a cama está sempre em destaque, implorando para ser selecionada. Além de ser uma lição didática para que pessoas saudáveis possam entender o que se passa pela mente de um depressivo, o game também pode ajudar quem sofre sozinho a buscar ajuda, diagnóstico e tratamento. Matéria publicada na Revista Galileu , em 2 de agosto de 2016.

Claudio Conti* comenta A depressão, como todas as enfermidades da alma humana, não é trivial de se conviver. Contudo, o que caracteriza espíritos de um mundo de expiações e provas é a existência de enfermidades da alma, geradoras dos mais diversos males e desconcertos da humanidade atual. Desta forma, podemos dizer que todos os espíritos encarnados no planeta Terra padecem de sofrimentos, não necessariamente iguais, contudo, equivalentes, apesar do que possa parecer. Temos a tendência à comparação, comparamos tudo para definir o que é pior ou melhor. Neste conflito que a humanidade se vê à braços, percebemos comparações das mais diversas formas. Muitas vezes se observa ponderações muito interessantes, pois, com relação às coisas consideradas boas, muitos tentam demonstrar que estão em condição melhor que os outros; em contrapartida, com relação ao sofrimento, muitos tendem a querer demonstrar que sofrem mais que os outros. Cria-se uma espécie de lista de sofrimentos e uma tentativa de se hierarquizar algo que não é possível avaliar, pois o sofrimento está intrinsicamente relacionado com aquele que sofre. Algo que pode causar dor profunda em alguém, pode passar despercebido por outro. Portanto, é inviável estabelecer padrões quando se trata do sofrimento humano. Muitos se submetem a cirurgias das mais diversas por opção pessoal, sem, à princípio uma necessidade relacionada com algum tipo de enfermidade física. Neste tipo de abordagem, os processos inerentes a uma cirurgia, pelos quais irá necessariamente passar, não é visto como “sofrimento” em decorrência dos “benefícios” que trará. Para muitos, entretanto, qualquer tipo de procedimento cirúrgico é impensável. Assim, existe uma “moeda de troca” relacionada com “sofrimento” e “benefício”. Quando se considera que o benefício é grande, o sofrimento não é encarado como tal.Para uma parcela da população, sair da cama pela manhã, por exemplo, fato considerado trivial por outra parcela, pode ser encarado com profundo sofrimento. Os “benefícios” em se levantar pela manhã não são considerados como tal, assim, a “recompensa” não vale o “sacrifício”. Percebe-se que esta forma de proceder não difere de muitos que não estão dispostos a empreender esforços para o aprimoramento pessoal, melhoria de condição de saúde, trabalho honesto, etc. A diferença se encontra no estímulo propriamente dito e no “valor” que lhe é atribuído. Desta forma, podemos supor que o caminho seria “um passo de cada vez”, pensar em etapas, podendo ser válido tanto para os casos de depressão quanto para tantas posturas que devemos tomar para melhor adequação da nossas vidas, mas que, teimosamente, protelamos. Obviamente que nos casos de depressão, como em outros tantos, o auxílio médico se faz necessário. Todavia, o auxílio espiritual, na forma de orientação, entendimento do valor e necessidades da vida do espírito, fluidoterapia nos moldes disponibilizados pelo movimento espírita é fundamental para a recuperação do espírito.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .