1º de julho de 2016
Médico cuida de pacientes com alimentos frescos em vez de remédios
Ana Victorazzi Tem médico receitando bom humor, tem médico trocando remédio por aulas de surf para tratar doenças crônicas e agora temos médico investindo em comida fresquina, saudável e barata. O médico Garth Davis, do Mermorian Herman Medical Center, no Texas, vem chamando atenção por estar cuidando de seus pacientes de uma forma muito orgânica. “Muitas vezes o que estamos fazendo na área da saúde não é cuidados de saúde, é de cuidados de doentes. É tratar pessoas que estão doentes”, disse Davis em entrevistao ao abc13. O doutor costuma receitar alimentos frescos como tratamento. Para isso, ele criou sua própria farmácia responsável por distribuir legumes, verduras e frutas orgânicas, a Farmacy Stand. Médicos escrevem cerca de 4 milhões de receitas por ano que somam US$ 320 bilhões, sendo que 85% das pessoas que têm remédios prescritos poderia prevenir suas doenças com a alimentação. “Eles têm diabetes, doenças cardíacas, colesterol alto, e eu estou lendo esta pesquisa e, enquanto não há uma droga que pode ajudar quem tem níveis elevados de colesterol, comer uma dieta baseada em vegetais, repleto de frutas e legumes funciona ainda melhor do que a medicação”, explica. O Dr. Davis defende que esta é a melhor forma de prevenir doenças e, claro, se recuperar de outras. A ideia surgiu em parceria com outro médico após constatarem que a indicação para alguém que havia passado por uma cirurgia, por exemplo, era se alimentar bem. Uma curiosidade é que a farmácia localiza-se dentro do próprio hospital e funciona uma vez por semana, quando vende uma caixa cheia de orgânicos por US$ 25. Porém, se tiver receita do médico ou de alguém da sua equipe, ainda ganha US$ 10 de desconto, financiados pela própria instituição. Davis fechou uma parceria com a Kristina Gabrielle Carrillo-Bucaram, fundadora da Rawfully Organic, a maior rede de cooperação sem fins lucrativos de alimentos orgânicos com sede em Houston.
Notícia publicada no Razões para Acreditar , em 19 de maio de 2016.
Jorge Hessen* comenta Diante das enfermidades, o Espiritismo não recomenda o conformismo, por isso é justo buscar a medicina terrena, que pode suavizar a dor e refrear a doença no limite da permissão de Deus. Se a Providência divina pôs os remédios ao nosso alcance é porque podemos e precisamos utilizá-los a fim de combater as energias danosas que migraram do perispírito para o corpo físico. Há médico receitando bom humor, tem médico trocando remédio por aulas de surf para tratar doenças crônicas e até médico investindo em comida fresquina, saudável e barata. Sem entrar no mérito das eficácias da alimentação sadia, dos medicamentos fitoterápicos, alopáticos ou homeopáticos, cremos que que as causas das doenças transpõem os aspectos biológicos. Há enfermidades que exigem tratamentos demorados, outras vezes precisamos até de cirurgia, mas tudo tem sua matriz na alma e está sob as diretrizes da “Lei de Causa e Efeito”, que visa despertar a reforma moral do doente através de processos dolorosos. Qualquer medida preventiva ou profilática em relação às doenças tem que se iniciar na conduta mental do doente, exteriorizando-se na ação moral que reflete o velho conceito latino: mens sana in corpore sano. A doença não é uma causa, é uma consequência proveniente dos alentos negativos que circundam os nossos organismos psicossomático e físico. O controle das energias mento espirituais é proeza dos pensamentos, desejos e dos sentimentos, portanto, possuímos potências energéticas que nos causam saúde ou doenças em razão das disciplinas ou desordens mentais e emocionais. Por conseguinte, “assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais”.(1) Se ainda não conseguimos disciplinar e dominar as emoções e mantemos paixões (ódio, inveja, mágoa, rancor, ideia de vingança), invariavelmente entraremos em sintonia com os irmãos enfermos do plano espiritual (obsessores), que emitirão fluidos maléficos para impregnar nosso perispírito, intoxicando-nos com suas emissões de energias insalubres, podendo levar-nos a doenças crônicas. Os médicos de boa formação espírita compreendem muito bem que a resposta para as enfermidades, que há milênios perturbam a humanidade, está em nossa mente. Sobre a base dos estudos de médicos encarnados e desencarnados, a medicina à luz do Espiritismo vem se fortalecendo cada vez mais na Terra. São enfermos e médicos, que encontraram na Doutrina Espírita diferentes interpretações para toda e qualquer enfermidade. Ao contrário dos médicos tradicionais, os médicos espíritas dizem anular paradigmas ao avaliar, em seus consultórios, também a essência (alma) daquele paciente que busca socorro. Seja diante de um simples resfriado, um transtorno mental ou até mesmo um câncer, os médicos que abraçam o Espiritismo, ao contrário do médico clássico, não analisam no enfermo apenas o corpo biológico enfermo, mas o espírito, a alma e suas vivências morais que dizem muito para o diagnóstico eficaz. Não ignoram os médicos espiritas que a saúde e a doença estão enraizados no espírito e não na matéria, como acredita a medicina clássica. Obviamente os tratamentos à luz do Espiritismo não abandonam os remédios tradicionais e tampouco as tecnologias, porém vão além. Propõem os recursos terapêuticos da água fluidificada. Indicam o passe, isto é, a transfusão de energias fisiopsíquicas através das emissões de magnetismo pela imposição das mãos de um médium. E ainda sugerem a técnica básica do tratamento da obsessão fundamentada na doutrinação dos espíritos envolvidos, encarnados e desencarnados. Todos tipos de doenças pertencem às provas e às vicissitudes da vida terrena. São intrínsecos à nossa natureza material e à inferioridade do mundo que habitamos. Nos orbes mais adiantados, física e moralmente, o corpo humano, mais refinado e menos pesado, não está sujeito às mesmas doenças que o nosso, e o corpo não é minado pela devastação das paixões. Se Deus não quisesse que pudéssemos curar ou aliviar os sofrimentos mentais e físicos, em certos casos, não teria colocado diversos meios medicinais à nossa disposição. Ao lado da medicação ordinária, elaborada pela ciência, o magnetismo e a desobsessão nos deram a conhecer o poder da ação dos Espíritos, e o Espiritismo veio comprovar-nos o potencial da mediunidade curativa e a poderosa influência da prece.
Referência: (1) Xavier, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade, ditado pelo espírito André Luiz, Rio de janeiro: ED. Feb, 1999.