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Desde o rebaixamento de Plutão, o Sistema Solar passara a ter não mais nove, mas oito planetas. No entanto, a suposta existência de um novo planeta gigante pode fazer com que o número de planetas volte a ser o que se pensava. Claudio Conti comenta.

  • Data :25/04/2016
  • Categoria :

26 de abril de 2016

Cientistas dizem ter evidências de novo planeta gigante no Sistema Solar

Desde o rebaixamento de Plutão, o Sistema Solar passara a ter não mais nove, mas oito planetas. No entanto, a suposta existência de um novo planeta gigante pode fazer com que o número de planetas volte a ser o que se pensava.

Em um estudo publicado no periódico Astronomical Journal , cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, na sigla em inglês) dizem terem encontrado “evidências sólidas” de um nono planeta, com órbita estranhamente alongada para este tipo de corpo celeste, na periferia do Sistema Solar.

Apelidado de “Planeta Nove”, ele ainda não foi visto, ou seja, então não é possível ter certeza de sua existência.

Mas as pesquisas indicam que tem uma massa dez vezes superior à da Terra e orbita o Sol a uma distância média 20 vezes superior à de Netuno, que fica localizado, em média, a 4,48 bilhões de quilômetros do Sol e é considerado atualmente o mais longínquo do Sistema Solar.

Quanto à distância média da Terra em relação ao Sol, a distância do novo planeta seria 597 vezes superior. Por isso, esse aparente novo planeta levaria entre 10 mil e 20 mil anos terrestres para realizar uma única órbita completa em torno do Sol.

Os pesquisadores Konstantin Batygin e Mike Brown se depararam com as primeiras pistas do “Planeta Nove” em 2014 e, desde então, usaram modelos matemáticos e simulações de computadores para chegar às conclusões de sua pesquisa. No entanto, ainda não conseguiram observá-lo diretamente.

“Só dois planetas foram descobertos desde os tempos antigos. Este seria o terceiro”, disse Brown, em comunicado da Caltech. “É uma porção significativa de nosso Sistema Solar que ainda precisa ser descoberta. É muito empolgante.”

Domínio gravitacional

O cientista ressalta que o novo planeta tem 5 mil vezes a massa de Plutão e, por isso, seria suficientemente grande para que sua classificação como planeta seja indiscutível.

Plutão deixou de ser considerado um planeta em 2006. Isso porque o próprio Brown descobriu o planeta anão Eris no ano anterior. Eris tem as mesmas características de Plutão, mas possui uma massa maior.

Um comissão foi então criada pela União Astronômica Internacional (UAI) para reavaliar a definição de planetas. A UAI precisou decidir se aceitaria Eris e outros pequenos mundos, como Ceres, como planetas ou se excluiria Plutão. Optou-se pela segunda alternativa.

Diferentemente de outros corpos celestes considerados planeta anão, o “Planeta Nove” domina gravitacionalmente sua vizinhança do Sistema Solar - ou seja, segundo as pesquisas da Caltech, sua órbita não é influenciada diretamente por outros planetas, como é o caso de Plutão, por exemplo.

Na verdade, esse domínio alcançaria uma região maior do que qualquer outro planeta conhecido. Por isso, Brown afirma que ele seria o planeta do Sistema Solar que mais atende às características que definem esse tipo de corpo celeste.

Segundo os autores do estudo, a existência do “Planeta Nove” ajudaria a explicar uma série de fenômenos misteriosos que ocorrem com um conjunto de objetos congelados e destroços localizados além de Netuno, conhecido como Cinturão de Kuiper.

“A princípio, estávamos céticos de que este planeta poderia existir, mas continuamos a investigar sua órbita e o que isso significaria para a periferia do Sistema Solar e ficamos cada vez mais convencidos de que ele existe”, diz Batygin, coautor do estudo.

“Pela primeira vez em mais de 150 anos, há evidências sólidas de que o censo planetário do Sistema Solar está incompleto.”

Origem

Cientistas acreditam há tempos que o Sistema Solar começou com quatro núcleos planetários que captaram todo o gás que havia em torno deles e, assim, formaram os quatro planetas gasosos - Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

Ao longo do tempo, colisões e emissões os moldaram e os levaram até a posição em que eles se encontram hoje. “Mas não há por que não pensarmos que houve cinco núcleos em vez de quatro”, diz Brown.

O “Planeta Nove” poderia ser esse quinto núcleo e, ao se aproximar demais de Júpiter ou Saturno, ter sido ejetado para sua órbita distante e excêntrica.

Agora, os cientistas continuarão a aprimorar suas simulações e a estudar o “Planeta Nove” e sua influência na periferia do Sistema Solar. Também já começaram a buscar por sinais dele no céu, já que apenas sua órbita é conhecida, mas não sua localização exata.

“Adoraria encontrá-lo”, diz Brown. “Mas também ficaria feliz se outra pessoa o encontrasse. É por isso que estamos publicando este estudo. Esperamos que pessoas se inspirem e comecem a buscá-lo.”

Notícia publicada na BBC Brasil , em 20 de janeiro de 2016.

Claudio Conti comenta*

Há alguns anos, ou melhor, quase duas décadas, se ouvia no movimento espírita uma alusão a um dito planeta “chupão”; este era o nome dado, apesar de estranho. Mas o fato é que o nome correspondia a suposta finalidade deste suposto planeta. Diziam que em determinada época do processo evolutivo, um planeta se aproximaria da Terra e atrairia (chuparia, daí o nome) os espíritos que não acompanharam o processo evolutivo e, por isso, seria necessário partirem para um mundo menos evoluído.

Não saberia afirmar sobre a origem desta teoria, contudo poderia ser uma abordagem decorrente, apesar de equivocada, da análise apresentada por Kardec sobre a formação da Terra no livro A Gênese, cap. VIII.

No capítulo citado, Kardec aborda três teorias sobre a formação do nosso planeta, a saber: Teoria da projeção, da condensação e da incrustação. Esta última é uma teoria que Kardec deixa claro, logo no início, não ter nada de científico e que a apresentaria porque “conseguiu certa repercussão nos últimos tempos e seduziu algumas pessoas”.

Diz Kardec, que esta teoria credita uma alma à Terra que apresentava cinco satélites aos seu entorno, cada um com uma alma, e que havia recebido ordem de reunir estes satélites para formar um único corpo celete. Contudo, dentre os cinco satélites, a lua não obedeceu. No relato consta o seguinte: “Para proceder a essa fusão, a alma da Terra dirigiu aos satélites um raio magnético atrativo, que pôs em estado cataléptico todo o mobiliário vegetal, animal e hominal que eles possuíam e que trouxeram para a comunidade.”

As outras duas teorias são muito mais razoáveis por serem fruto do conhecimento científico da época, as quais Kardec analisa os prós e contras, nos auxiliando a análise do conhecimento que estaria no porvir. Com o exemplo da teoria da incrustação, vemos que Kardec se preocupou em demonstrar, inclusive, aquelas sem sentido para sabermos identificá-las.

Com o avanço da tecnologia, os cientistas atuais possuem uma potencialidade muito maior para as descobertas e, nos casos que a comprovação não é possível, seja por que motivo for, estes cientistas podem formular suas teorias com maior complexidade e precisão.

Vemos, nesta reportagem, a apresentação de uma teoria sobre a existência de um planeta que ainda não foi comprovado pela verificação do próprio corpo celeste, mas apenas de seus efeitos. Assim, a existência do nono planeta no nosso sistema solar está atrelada à observação de seus efeitos, todavia, a verificação final ainda está no porvir.

A forma de analisar a informação científica se mantém.

  • Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .