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    A Terra e a Lua são vizinhas de parede. E esse nosso vizinho interfere diretamente nas marés dos oceanos terrestres. Agora imagens feitas pela NASA revelam milhares de fissuras e escarpas causadas por forças gravitacionais oriundas do planeta em que vivemos. Sergio Rodrigues comenta.

    • Data :04/02/2016
    • Categoria :

    6 de fevereiro de 2016

    A Terra está mudando a geografia da Lua

    Imagens feitas pela NASA revelam milhares de fissuras e escarpas causadas por forças gravitacionais oriundas do planeta em que vivemos

    por João Mello Bourroul

    Se pensarmos na escala universal, a Terra e a Lua são vizinhas de parede. E a gente já sabe há algum tempo que esse nosso vizinho interfere diretamente nas marés dos oceanos terrestres. Até aí, normal. Quem nunca escutou som muito alto e acabou incomodando o vizinho do lado? Acontece que os cientistas acabaram de descobrir como o nosso planeta interfere na Lua e não é de um jeito delicado. O planeta Terra está causando fissuras na superfície lunar.

    Em 2009 a NASA lançou o LRO, sigla para Lunar Reconnaissance Orbiter ou Orbitador de Reconhecimento Lunar em tradução livre. A espaçonave robótica tem a missão de ficar fotografando a Lua o máximo que conseguir – agora que cerca de 75% da superfície lunar foi capturada em imagens de alta resolução, algumas conclusões interessantes começam a aparecer.

    O LRO registrou mais de 3 mil elevações com uma formação parecida com a de longo barranco, com dezenas de metros de altura e até 10 km de extensão. O que chamou a atenção dos cientistas é que existe um padrão na localização dessas fissuras. A força gravitacional das marés da Terra atrai a Lua de tal forma que a sua superfície sobe e desce, gerando um stress que aparece na forma de fissuras.

    Mas a responsabilidade não é só nossa. Desde 2010 os pesquisadores já sabem que a Lua está diminuindo devido ao resfriamento do seu núcleo, que se solidifica, diminuindo o volume total do nosso vizinho. É a combinação entre essas duas forças que pode criar pequenos terremotos – ou seriam lunemotos? – na superfície, especialmente se as fissuras forem jovens e ainda ativas. A força real desses abalos só poderia ser calculada de maneira precisa com a instalação de um sensor sísmico em solo lunar.

    Via Science Alert

    Matéria publicada na Revista Galileu , em 24 de setembro de 2015.

    Sergio Rodrigues comenta*

    Ainda não se sabe exatamente como a Lua se formou. Alguns astrônomos defendem uma teoria conhecida como a “teoria da fissão”, segundo a qual ela teria se desprendido da Terra. Outros, no entanto, sustentam que a Lua foi formada simultaneamente com a Terra, mas de modo independente. Há ainda os que argumentam que a Lua foi formada de outra parte do sistema solar e atraída gravitacionalmente pela Terra.

    De todo modo, qualquer que seja a hipótese que venha a ser no futuro comprovada, é inquestionável que há uma íntima relação entre a Lua e a Terra. Há muito se sabe da interferência da Lua nas marés dos oceanos terrestres. Agora, cientistas descobrem que a Terra também interfere na Lua e de modo pouco suave, causando-lhe fissuras em sua superfície.

    É a confirmação do ensino dos Espíritos na questão 540 de O Livro dos Espíritos , no sentido de que tudo se encadeia na Natureza. Toda a obra da Criação está intimamente interligada, pois provém de uma inteligência suprema e que é única.

    É assim, interferindo uma coisa sobre a outra, que tudo serve e colabora com o aperfeiçoamento da obra da Criação. Os objetivos dessa interferência da Terra sobre a Lua ainda não temos como perceber. Mas, certamente, atende a um desígnio do Criador com o propósito de marchar rumo ao aperfeiçoamento de sua obra.

    • Sergio Rodrigues é espírita e colaborador do Espiritismo.Net.