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Ministro costa-riquenho do Meio Ambiente, René Castro, afirmou que o país está conseguindo “desmontar as jaulas e reforçar a ideia de interação com a biodiversidade em parques botânicos, de uma maneira natural”. Paula Mendlowicz comenta.

  • Data :12/12/2015
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12 de dezembro de 2015

Costa Rica resolve fechar zoológicos e libertar animais cativos

Por Redação, com agências internacionais – de San José O governo da Costa Rica – protetorado norte-americano na América Central – anunciou, neste sábado, que será o primeiro país do mundo a fechar todos os zoológicos e libertar os animais cativos. A Costa Rica é um país com uma das mais ricas biodiversidades do planeta, com 4% de todas as espécies conhecidas no mundo. Apesar da decisão do governo, amparada no Legislativo, os contratos com os parques e zoológicos têm, ainda, mais uma década de funcionamento garantido na Justiça. Após este período, segundo autoridades do país, o fechamento das instalações será imediato. O movimento conservacionista Treehugger, em sua página na internet, também informa que a nação, que recentemente também proibiu a caça esportiva, buscará durante a próxima década o habitat mais natural possível para as espécies mantidas em cativeiro, em qualquer lugar do mundo. A motivação principal para o ato humanitário é “transmitir ao mundo que o país respeita e cuida dos animais selvagens”. Ministro costa-riquenho do Meio Ambiente, René Castro, afirmou que o país está conseguindo “desmontar as jaulas e reforçar a ideia de interação com a biodiversidade em parques botânicos, de uma maneira natural”. – Não queremos animais em cativeiros e encarcerados de modo algum, a não ser resgatá-los e guardá-los – afirmou Castro. Esta iniciativa também protegerá a todos os tipos de animais que estejam em cativeiro e que não sobrevivam, sozinhos, em um ambiente natural. Nesses casos, os animais serão atendidos em instalações próprias para o resgate e o refúgio para a vida silvestre. Notícia publicada no Correio do Brasil , em 22 de agosto de 2015.

Paula Mendlowicz* comenta Sabemos que possuímos a responsabilidade de cuidar e amar nosso planeta, cuidando do meio ambiente e de todos os que nele vivem, plantas e animais. Mas a realidade é que não conseguimos viver assim! Periodicamente, representantes e estudiosos de muitos países promovem encontros, seminários, congressos para discutir a importância da preservação de nosso meio ambiente, mas a verdade é que nos encontramos muito longe de uma convivência harmoniosa, sustentável e pacífica com a natureza. Em relação aos animais, “estudos indicam que diariamente o número de animais em extinção aumenta. Pesquisas apontam que até 2050, podem ser extintas do planeta Terra 1 milhão de espécies animais”. (https://www.todamateria.com.br/animais-em-extincao-no-mundo/ .) Calcula-se que a cada 15 minutos uma espécie, vegetal ou animal, desapareça do planeta. (http://animaisdomundo.com.sapo.pt/index.html .) Estima-se que, somente no Brasil, existem aproximadamente 650 espécies ameaçadas de extinção. Dentre as causas estão: tráfico de animais, desmatamento e poluição. (http://www.greenme.com.br/informar-se/biodiversidade/739-10-animais-em-exteincao .) Isso nos mostra que, infelizmente, ainda não aprendemos a amar e respeitar nosso planeta! Mas por que deveríamos proteger o meio ambiente e os animais que nele vivem? Qual a importância dos projetos que estão sendo desenvolvidos na Costa Rica, que visam à proteção e o bem estar dos animais? “Na planta, a inteligência dormita; no animal, sonha; só no homem acorda.” (Léon Denis, 1989, p. 123.) No universo tudo evolui até alcançar a perfeição. Se nós, homens, espíritos encarnados, estamos em processo de evolução, os animais também se encontram nesse processo. Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, no capítulo XVII, no livro Emmanuel (FEB, 1983), nos explica: “…São eles nossos parentes próximos, apesar da teimosia de quantos persistem em o não reconhecer. (…) Recebei como obrigação sagrada o dever de amparar os animais na escala progressiva de suas posições variadas no planeta. Estendei até eles a vossa concepção de solidariedade e o vosso coração compreenderá, mais profundamente, os grandes segredos da evolução, entendendo os maravilhosos e doces mistérios da vida.” Em O Livro dos Espíritos, questão 601, podemos ir mais além: Os animais estão sujeitos, como o homem, a uma lei progressiva? “Sim; e daí vem que nos mundos superiores, onde os homens são mais adiantados, os animais também o são, dispondo de meios mais amplos de comunicação. São sempre, porém, inferiores ao homem e se lhe acham submetidos, tendo neles, o homem, servidores inteligentes.” Nada há nisso de extraordinário. Tomemos os nossos mais inteligentes animais, o cão, o elefante, o cavalo, e imaginemo-los dotados de uma conformação apropriada a trabalhos manuais. Que não fariam sob a direção do homem? Infelizmente, muitos ainda consideram que os animais servem somente para nos servir e que não existe mal algum em explorá-los e maltratá-los. No entanto, sabemos que possuímos livre-arbítrio e todas as nossas escolhas geram consequências. Que possamos seguir o exemplo de nossos irmãos da Costa Rica e trabalhar para que nosso meio ambiente e nossos animais sejam protegidos e respeitados. “A compaixão para com os animais é das mais nobres virtudes da natureza humana”. (Charles Darwin.)

Referências:

  • Paula Mendlowicz é carioca e formada em ciências biológicas pela UERJ. É espírita e colaboradora do Espiritismo.net.