4 de dezembro de 2015
Tem um outro ser humano vivendo dentro de você?
Você é a fusão de vários organismos, potencialmente, até uma pessoa
por Isabela Moreira*
Somos formados pelos genes dos nossos pais e das nossas mães, certo? Certo. Mas os cientistas Peter Kramer e Paola Bressan, da Universidade de Pádua, na Itália, sugerem que nós seres humanos somos ainda mais complexos do que parecemos.
“O verdadeiro valor de um ser humano pode ser encontrado no grau em que ele deseja alcançar liberação do ser”, disse Einstein certa vez. O que Kramer e Paola sugerem é que essa visão do ser pode ser mais abrangente, englobando vírus, bactérias, micróbios e, potencialmente, até outros humanos. Logo, os seres humanos não seriam indivíduos, e sim superorganismos. “Um grande número de diferentes indivíduos humanos e não-humanos estão brigando incessantemente por controle dentro de nós”, disse Kramer à BBC.
Ao divulgar o estudo “Humanos como Superorganismos” na publicação científica Perspectives in Psychological Science, os autores fazem diversos questionamentos, buscando fazer com que psicólogos e psiquiatras considerem que esse aspecto pode influenciar no nosso comportamento.
Um conjunto de micróbios que vivem no nosso intestino, por exemplo, pode produzir neurotransmissores que podem alterar nosso humor. Outros tipos de micróbios podem também estimular ou aumentar a possibilidade de sermos afetados por doenças mentais. Por isso é necessário prestar mais atenção nessas outras formas de vida dentro nós.
Há ainda a possibilidade da existência de outras vidas humanas dentro de nós. Para entender, pense em gêmeos conjuntos, que compartilham o cérebro. Ou gêmeos comuns, que também podem ter dividido órgãos sem perceber. Durante o desenvolvimento no útero, as células podem transitar entre gêmeos ou trigêmeos. Tanto que 8% dos gêmeos não-idênticos possuem não um, mas dois tipos sanguíneos diferentes: um produzido pelas células de um deles, e outros produzido pelas células do irmão. Esses casos são conhecidos na ciência como quimeras humanas, fazendo uma referência à criatura mitológica cujo corpo é a mistura de partes de vários animais.
Isso pode ocorrer de outras maneiras. Bem no início do desenvolvimento, dois fetos podem se unir dentro do útero, formando uma só pessoa que, por conta disso, carrega dois códigos genéticos. “Você tem a aparência de uma pessoa, mas tem as células de outra pessoa dentro de você. Efetivamente, você sempre foi duas pessoas”, explica Kramer. Relatos também indicam que existe a possibilidade de as células de um irmão ficarem dentro da mãe e, quando o outro filho estiver se formando, o corpo as passe adiante.
“Não podemos entender o comportamento humano considerando somente um ou outro indivíduo. Basicamente, devemos entender como ‘nós’ nos comportamos”, diz Kramer.
*Com supervisão de André Jorge de Oliveira
Matéria publicada na Revista Galileu , em 18 de setembro de 2015.
Claudio Conti comenta**
O controle da mente do hospedeiro por parte de um verme, por exemplo, não é tão incomum quanto possa parecer.
Existe um tipo de verme que é transmitido pelas fezes de pássaros e um tipo de caracol que se alimenta destas fezes. Assim, o caracol contaminado passa por uma alteração no corpo em decorrência da ação deste verme que eclode dos ovos por ele ingeridos; esta alteração leva o caracol a cometer suicídio, isto é, faz com que busque por locais altos nas árvores, passando a presas fáceis de pássaros. Desta forma, o ciclo do verme se mantém, atingindo a maturidade no organismo do pássaro e se reproduzindo, infestando as fezes que irão contaminar outros caracóis.
O artigo em análise é decorrente de um artigo original publicado no site da BBC, em inglês, cujo “link" é apresentado no próprio artigo. Neste artigo original, maiores detalhes são apresentados e encontra-se a descrição de um processo semelhante com ratos, no qual são induzidos a procurarem por gatos.
Todos os seres vivos são expressões do princípio inteligente, desde o menor até o maior, mantendo uma rede de relação psíquica entre todos os seres relacionados com uma condição de existência, no caso em questão, este mundo de expiações e provas, atual estágio evolutivo do planeta Terra.
Desta forma, por que não poderia acontecer com humanos?
A complexidade da vida em um mundo de expiações e provas vai muito além do que podemos imaginar, as possibilidades são infinitas, tanto em uma direção, a da harmonia, quando em outra, a da desarmonia.
Os humanos necessitam de muitos seres para a manutenção de sua vida orgânica, o corpo é mantido com o auxílio de seres menores, sem os quais a vida orgânica seria impossível. Assim, não se pode conceber uma via unidirecional apenas, pois o resultado de suas atividades se refletem nesta mesma organização física na qual o espírito se expressa.
Mantemos uma relação profunda com todos os seres da Criação, em vários níveis, sendo que, entre os afins, esta relação é muito mais estreita. Somente a saúde psíquica viabilizará que os espíritos mais evoluídos mantenham sua posição de condutores daqueles que se encontram na retaguarda, inclusive os denominados “seres inferiores da Criação”, pois, é fundamental a interrelação entre todos os seres que lutam nas lides encarnatórias.
** Claudio Conti é graduado em Química, mestre e doutor em Engenharia Nuclear e integra o quadro de profissionais do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - CNEN. Na área espírita, participa como instrutor em cursos sobre as obras básicas, mediunidade e correlação entre ciência e Espiritismo, é conferencista em palestras e seminários, além de ser médium pscógrafo e psicifônico (principalmente). Detalhes no site www.ccconti.com .