11 de janeiro de 2014
Hotel de luxo da África do Sul cria favela para receber hóspedes
Do UOL, em São Paulo
O Emoya Luxury Hotel, hotel de luxo da África do Sul, criou uma favela de mentira para receber os hóspedes que estão em busca de experiências inusitadas e extravagantes.
São 52 barracos, construídos com os mesmos materiais usados pelos sul-africanos que vivem nessas comunidades carentes.
No entanto, além de energia elétrica, os casebres também contam com um toque de requinte. “Esta é a primeira favela do mundo equipada com piso aquecido e acesso à internet sem fios”, anuncia o Emoya Luxury.
A diária na favela de luxo é de R$ 192. O custo é de um barraco que comporta quatro pessoas.
Notícia publicada no Portal UOL , em 29 de novembro de 2013.
Claudio Conti comenta*
No livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XVI, item 6, encontramos a Parábola do Mau Rico retratando um rico que, vindo a desencarnar e se encontrando em situação desconfortável, padecendo de muitos males, pediu a Abraão que enviasse Lázaro para avisar os seus familiares a respeito da vida após o túmulo; Abraão, então, respondeu: “Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem”.
Este ensinamento, salientando a necessidade de se referenciar a informação disponível, como todos os outros contidos em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, são válidos para os dias atuais, porém, os que usam desta informação disponível ainda são poucos quando comparados com a população do planeta.
É possível observar grande desvirtuamento de alguns conceitos básicos e que já foram trabalhados ao longo do tempo.
Dois bons exemplos são o que se considera como arte e cultura. Por “arte” deveria se entender aquilo que eleva o ser humano pela apreciação do belo e da estética, enquanto que por “cultura” deveria se entender aquilo que contribui de alguma forma para o seu aprimoramento intelectual.
Aos poucos foi-se tomando o processo de “criação” por arte e cultura. A criação é a elaboração ou surgimento de formas, textos, musicas, etc., sem possuírem alicerces bem definidos e/ou sem necessariamente visar a expressão de algo ou alguma ideia de conteúdo adequado para o aprimoramento ou apresentação de ideias e conceitos. Em contrapartida, existe uma tendência para o comportamento e expressões exageradas.
Tomando o artigo em questão para análise, podemos observar certo movimento de inversão de valores ocorrendo em outros países, assim como no Brasil, onde a visitação a comunidades carentes passou a ser foco de turismo.
A pobreza não deveria ser considerada como sendo experiência excêntrica, um modismo de divertimento para os bem aquinhoados. Aquele que deseja compreender a vida dos menos afortunados, materialmente falando, deveria ter como foco a busca de meios de auxílio, valorizando o próximo e a si mesmo.