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    • Ciência comprova: açúcar envelhece

    Doces podem ser a salvação para o mau humor e para momentos de tristeza. O problema é que o açúcar pode ser um vilão em vários momentos. Relatórios de pesquisadores da Holanda e Inglaterra mostram que pessoas com mais açúcar no sangue envelhecem mais rápido. Miriam Nascimento comenta.

    • Data :02/11/2013
    • Categoria :

    2 de novembro de 2013

    Ciência comprova: açúcar envelhece

    • Relatórios de pesquisadores da Holanda e Inglaterra mostram que pessoas com mais açúcar no sangue envelhecem mais rápido. *

    Por Renan Hamann

    Doces podem ser a salvação para o mau humor e, principalmente, para os momentos de tristeza. O problema é que o açúcar pode ser um vilão em vários momentos, ainda mais quando falamos sobre envelhecimento. Uma pesquisa realizada em parceria entre a Universidade de Leiden (Holanda) e o instituto de pesquisas Unilever (Reino Unido) está sendo publicada para mostrar isso.

    Foram selecionados 569 voluntários saudáveis para os estudos, sendo então separados em três grupos – de acordo com o nível de concentração de açúcar no sangue após as refeições. Também foram chamadas 33 pessoas diabéticas para a pesquisa, que geralmente possuem taxas elevadas de glicose.

    Para finalizar, 60 pessoas foram convocadas para analisar fotografias dos mais de 600 voluntários e tiveram de responder quais eram os mais velhos – vale dizer que todos tinham idades semelhantes. A média das respostas mostrou: quanto mais glicose concentrada no sangue, mais rápido acontece o envelhecimento.

    Segundo publicado pela revista New Scientist, o envelhecimento da pele acontece em cerca de cinco meses para cada 0,18 gramas por litro de sangue. O jornal HindustanTimes foi além: eles entrevistaram cientistas que afirmaram as razões para isso. A concentração de açúcar interfere na produção de colágeno, fazendo com que a pele seja menos rejuvenescida.

    Notícia publicada no Portal Tecmundo , em 3 de janeiro de 2012.

    Miriam Nascimento comenta*

    A aparência física e a saúde sempre foram preocupações do homem ao longo dos tempos. Esta preocupação pode ou não vir revestida de justificativas ligadas à conservação da saúde ou até mesmo do sentimento de vaidade. O fato é que a necessidade de adaptar-se investindo na qualidade de vida abre sempre um amplo debate e pesquisa permanente sobre a melhor forma dessa adaptação, principalmente na questão que envolve a alimentação e seus reflexos no corpo físico.

    As recentes descobertas da Ciência confirmam a capacidade do ser humano de progredir na medida em que sente necessidade de preservar-se, utilizando-se não só de medidas curativas, mas principalmente de medidas preventivas, ampliando inclusive a expectativa de vida neste século.

    Allan Kardec já nos traz, em “O Livro dos Espíritos”, a reflexão sobre o instinto de conservação, onde os Espíritos colaboradores na Codificação esclarecem ser este o elemento de uma Lei Natural e, sendo assim, necessário para o aperfeiçoamento dos seres, já que o corpo físico é claramente o instrumento para a nossa permanência no mundo material com a finalidade útil do aprendizado.(1)

    Verificamos variadas fontes de pesquisa sobre as consequências da ingestão de vários alimentos, cada qual com um direcionamento. Sensato, pois, é nosso pensamento, quando voltado para uma análise mais cuidadosa, mediante a tantos dados, muitas vezes ainda questionáveis, mas que sempre nos convidam a refletir sobre alguns pontos. O Espiritismo é muito objetivo e claro, não impondo regras e escolhas certas ou erradas, mas nos alertando sobre as consequências destas escolhas, sobre o exercício do livre-arbítrio e sobre o reflexo de nossas emoções e tendências na forma como nos movimentamos, nos alimentamos e nos relacionamos com o mundo.

    À luz do Espiritismo, vislumbramos preciosos alentos que nos ajudam no bom uso dos recursos terrenos. Em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, encontramos instrução valiosa sobre a busca da felicidade nesta escola terrena: “Aquilo em que consiste a felicidade terrena é de tal maneira efêmera para quem não se guiar pela sabedoria, que por um ano, um mês, uma semana de completa satisfação, todo o resto da existência se passa numa sequência de amarguras e decepções.” (2)

    Investimos tanto em ilusões que esquecemos muitas vezes de que o necessário exige muito menos esforço e que o exagero é um alerta para o domínio de nossas más tendências. Como Kardec mesmo interroga, em “O Livro dos Espíritos”, na questão 716:

    “A Natureza não traçou o limite do necessário em nossa própria organização?

    — Sim, mas o homem é insaciável. A Natureza traçou o limite de suas necessidades na sua organização, mas os vícios alteraram a sua constituição e criaram para ele necessidades artificiais.” (3)

    A Doutrina que consola nas dores resultantes de nossos erros, nos fala da reparação e recomeço, mas também nos esclarece sobre a consciência e responsabilidade daquele erro que pode ser evitado.

    E assim, na medida em que o progresso intelectual traz explicações sobre estes limites e necessidades do corpo físico, também convoca o ser imortal à progredir moralmente, pois ambos os progressos são inevitáveis.

    A boa alimentação, hábitos saudáveis, os sentimentos livres de raiva, de rancor e indiferença formam um conjunto impulsionador para a renovação e reconhecimento da oportunidade da reencarnação no processo evolutivo.

    Como nos diz o Espírito Joanna de Ângelis, na obra Vida Feliz , psicografada pelo médium Divaldo Franco:

    “… Não é o corpo que é fraco, mas o Espírito que permanece rebelde.” (4)

    A Doutrina Espírita nos faz entender que não é a fome orgânica que grita incessantemente no vazio do corpo, mas sim a ausência de conhecimento e de amor a si mesmo que ecoa no Espírito, gerando carências e abusos, desacertos futuros e tormentos voluntários.

    Se o excesso de açúcar no sangue envelhece realmente, há que se mudar mais do que hábitos. É necessário pensar como Espírito Imortal e não mais como simples mortal que espera o dia do Juízo para concluir que errou e aguardar a punição pelo abuso.

    É preciso adoçar a vida com uma boa dose de responsabilidade, auto-amor e amor ao próximo.

    É  preciso fazer novas escolhas, é preciso recomeçar.

    Referências:

    (1) e (3) KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos . FEB. Parte Terceira - Das leis morais - Capítulo V - Da lei de conservação;

    (2) KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo . FEB. Capítulo V - Bem-aventurados os aflitos - Instruções dos Espíritos - A Felicidade Não é Deste Mundo;

    (4) Vida Feliz - Pelo Espírito Joanna de Ângelis – Psicografado por Divaldo Franco.

    Miriam Nascimento é carioca, designer de interiores e professora, espírita, dinamizadora de estudos virtuais, membro da equipe Espiritismo.net e tarefeira no Centro Espírita Irmã Rosa, em Niterói, RJ.