4 de setembro de 2012
Educação, não legalização do aborto, reduz a mortalidade materna
Redação do Diário da Saúde
Educação que salva vidas
Uma análise científica de dados dos últimos 50 anos sobre a mortalidade materna do Chile concluiu que o fator mais importante na redução da mortalidade materna é o nível educacional das mulheres.
A equipe do Dr. Elard Koch, da Universidade Católica de Concepción, analisou o efeito sobre a mortalidade materna exercido pelo histórico educacional (escolaridade) e pelas políticas de saúde da mulher, incluindo a legislação que proibiu o aborto no Chile em 1989.
Os pesquisadores analisaram os fatores com probabilidade de afetar a mortalidade materna, tais como anos de escolaridade, renda per capita, taxa de fecundidade total, ordem de nascimento, abastecimento de água potável, esgoto sanitário e parto por pessoal qualificado.
“Educar as mulheres aumenta a capacidade que elas têm para acessar os recursos de saúde existentes, incluindo atendentes qualificados para o parto, e leva diretamente a uma redução no seu risco de morrer durante a gravidez e o parto”, diz Koch.
Aborto e morte das mães
Uma das descobertas mais significativas é que, ao contrário de suposições amplamente sustentadas, tornar o aborto ilegal no Chile não resultou em um aumento da mortalidade materna.
Os defensores da legalização do aborto argumentam que a ilegalidade leva as mulheres para clínicas ilegais, o que aumentaria sua mortalidade.
Na verdade, após o aborto tornar-se ilegal, em 1989, a Taxa de Mortalidade Materna (TMM) continuou a diminuir de 41,3 para 12,7 por 100.000 nascidos vivos - uma redução de 69,2%.
TMM é o número de mortes maternas relacionadas à gravidez, dividido pelo número de nascidos vivos.
“Definitivamente, o status legal do aborto não tem relação com as taxas globais de mortalidade materna,” destacou o Dr. Koch.
Modelo de saúde materna
Durante o período do estudo - 50 anos - a Taxa de Mortalidade Materna geral declinou dramaticamente, passando de 270,7 para 18,2 óbitos por 100.000 nascidos vivos entre 1957 e 2007 (93,8%), tornando Chile um modelo para a saúde materna em outros países.
As variáveis que afetam essa diminuição incluem os fatores previsíveis, como o acompanhamento do parto por atendentes qualificados, nutrição complementar para as mulheres grávidas e seus filhos nas clínicas de cuidados primários e escolas, instalações limpas e fertilidade.
Mas o fator mais importante, e aquele que aumentou o efeito de todos os outros, foi o nível educacional das mulheres.
Para cada ano adicional de escolaridade materna, houve uma diminuição correspondente na TMM de 29,3 por 100.000 nascidos vivos.
Notícia publicada no Diário da Saúde , em 20 de junho de 2012.
Claudio Conti comenta*
N’O Evangelho Segundo o Espiritismo , Capítulo VI, intitulado O Cristo Consolador, item 5, o espírito que trabalhou na Codificação Espírita e que se apresenta como O Espírito de Verdade, nos diz o seguinte: “Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.”
Fica, portanto, clara a necessidade e importância da instrução para a humanidade, sendo antecedida apenas pelo amor mútuo entre os seres.
N’O Livro dos Espíritos , também é ressaltada a necessidade da instrução como desenvolvimento intelectual, porém, não apenas para o aprimoramento do conhecimento e da capacidade de avaliação, mas, inclusive, para o desenvolvimento moral:
“Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente.”
780 a) - Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?
“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre-arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.”
Diante destas explicações, fica bastante claro que a conclusão da pesquisa descrita na reportagem em análise não poderia ser diferente.
A educação é de fundamental importância para a humanidade, viabilizando o entendimento dos atos e da responsabilidade em cometê-los, influenciando de forma positiva a maneira de agir.
O entendimento de meios contraceptivos viabilizaria o uso responsável, evitando uma gravidez não programada e, assim, a pratica do aborto não seria sequer pensada. Isto sem considerar que o entendimento do que é a vida por si só já conduz o ser humano, seja homem ou mulher, a relegar o aborto como um ato de barbárie e não como solução de problemas.
Diante do exposto, o leitor pode questionar, então, qual seria o motivo pelo qual o aborto ser legal em muitos países de alto nível educacional. Para isso, encontramos a resposta n’O Livro dos Espíritos :
“O desenvolvimento intelectual não implica a necessidade do bem. Um Espírito, superior em inteligência, pode ser mau. Isso se dá com aquele que muito tem vivido sem se melhorar: apenas sabe.”
Vemos, portanto, a demonstração da questão 780, em que, apesar do alto desenvolvimento intelectual alcançado por muitos países, ainda persistem desvios morais e, assim, a aceitação de práticas inadequadas visando o interesse imediato. Todavia, as sequelas psíquicas que permanecem podem ser devastadoras para aqueles que seguem as leis humanas e desconsideram as leis divinas.