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    • Mulher induz parto para que marido visse filha antes de morrer

    Diane Aulger, uma americana da cidade de The Colony, decidiu antecipar em duas semanas o nascimento de sua filha para que o pai da criança, Mark, diagnosticado com apenas alguns dias de vida, pudesse pegá-la no colo antes de morrer. Marcia Leal Jek comenta.

    • Data :05/05/2012
    • Categoria :

    7 de maio de 2012

    Mulher induz parto para que marido visse filha antes de morrer

    Uma americana decidiu antecipar em duas semanas o nascimento de sua filha para que o pai da criança, diagnosticado com apenas alguns dias de vida, pudesse pegá-la no colo antes de morrer.

    Mark Aulger, morador da cidade de The Colony (Estado do Texas), foi diagnosticado com câncer de cólon em abril do ano passado. Após seis meses de quimioterapia, ele foi curado do tumor, mas seus pulmões sofreram os efeitos do tratamento.

    Com dificuldade de respirar, Mark descobriu no início deste ano que tinha fibrose pulmonar.

    “Era como se os seus pulmões estivessem impregnados por concreto. Eles não conseguiam inspirar, não conseguiam passar oxigênio para o resto de seu corpo. Então ele essencialmente morreu sufocado”, afirmou sua mulher, Diane à rede de TV WFAA-TV.

    Internado em um hospital no início de janeiro, Mark foi informado pelos médicos de que tinha poucos dias de vida. Foi quando sua mulher, grávida de oito meses, decidiu antecipar o nascimento da filha, induzindo o parto.

    A menina Savannah nasceu em 18 de janeiro. “Ele (Mark) foi a primeira pessoa a segurá-la, e ele a segurou por 45 minutos”, disse Diane.

    Mark entrou em coma pouco após ver sua filha, vindo a morrer cinco dias depois, aos 52 anos.

    Diane disse à WFAA-TV que colocou Savannah no colo de seu marido pouco antes de sua morte. Segundo ela, Mark estava muito entusiasmado para ver o nascimento sua filha, a quem ele chamava de “um raio de sol em nossa tristeza”.

    Além da recém-nascida, o casal teve outros quatro filhos.

    Notícia publicada na BBC Brasil , em 14 de fevereiro de 2012.

    Marcia Leal Jek comenta*

    Gostaria de saber com que olhos podemos analisar ou julgar a atitude dessa americana que decidiu antecipar o nascimento de sua filha para que o pai da criança pudesse pegá-la no colo antes de morrer.

    Serão olhos de julgamento ou serão olhos de amor, de bondade?

    Diane poderia ter estacionado em sua dor, “brigando com Deus”, pela dor de estar perdendo o seu marido. Mas, pelo contrário, buscou forças e colocou em prática o amor que sente pela sua família, dando a oportunidade a Mark de poder pegar sua filha no colo antes de morrer. Isto, claro, não colocando em risco a vida do bebê.

    Estudando o Espiritismo, aprendemos que somos seres altamente responsáveis pelas nossas atitudes e que nada acontece por acaso na vida. A doutrina dos Espíritos, fundamentada moralmente na ética do Cristo, é a religião do amor e da caridade. Quando se ama, tudo é mais significativo. Só um grande amor tem poder para movimentar a Vida. Diane nos deu um grande exemplo de amor. O caminho do Amor se liga ao caminho da caridade.

    Em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo XI, logo no início das Instruções dos Espíritos, lemos: “O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! Ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra – amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo”.

    Então, nos cabe amar como pudermos. O amor é ação, não apenas um sentimento que se nutre por alguém, ou por alguma coisa. Ele dá sentido às nossas vidas. É o combustível que nos anima. Sem ele, é difícil suportar o destino.

    • Marcia Leal Jek estuda o Espiritismo há mais de 25 anos e é trabalhadora do Centro Espírita Francisco de Assis, em Jacaraipe, Serra, ES.