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    • Dinheiro só traz felicidade se comprar experiências

    Será que o dinheiro pode nos fazer mais felizes se nós o gastarmos nas compras corretas? Um novo estudo sugere que são as experiências do ato de comprar, e não a posse material daquilo que se compra, que leva a uma maior felicidade. Claudia Cardamone comenta.

    • Data :25/07/2010
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    Dinheiro só traz felicidade se comprar experiências, e não bens materiais

    Elaine Bible   Conexões sociais e vitalidade

    Será que o dinheiro pode nos fazer mais felizes se nós o gastarmos nas compras corretas? Um novo estudo sugere que são as experiências do ato de comprar, e não a posse material daquilo que se compra, que leva a uma maior felicidade, tanto para o comprador, quanto para as pessoas à sua volta.

    O estudo demonstra que uma compra que produz uma experiência, como uma refeição ou ingressos para um teatro, resultam em um aumento de bem-estar porque ela satisfaz necessidades de ordem elevada, especificamente a necessidade por conexões sociais e a vitalidade, um sentimento de se estar vivo.

    Atendendo a necessidades psicológicas

    “Estas descobertas dão suporte a uma extensão da teoria das necessidades básicas, que estabelece que as compras que aumentam a satisfação de necessidades psicológicas irão produzir um maior bem-estar,” explica Ryan Howell, professor de psicologia da Universidade Estadual de São Francisco (EUA).

    Durante a pesquisa, foi pedido aos participantes para escreverem reflexões e responder questões sobre suas compras recentes. Os participantes indicaram que as chamadas “compras experienciais” representavam uma forma melhor de gastar o dinheiro e maior felicidade para eles próprios e para os outros à sua volta. Os resultados também indicam que a experiência produz mais felicidade qualquer que seja a quantia de dinheiro gasta ou a renda do consumidor.

    Não é o dinheiro, é o “experimentar algo” que traz felicidade

    As experiências também levam a uma maior satisfação a longo prazo. “Experiências compradas oferecem uma memória capital,” diz Howell. “Nós não tendemos a ficar entediados com memórias felizes como ficamos com objetos materiais.”

    “As pessoas continuam a acreditar que mais dinheiro as fará mais felizes, mesmo que 35 anos de pesquisas venha mostrando o oposto,” diz Howell. “Talvez essa crença se mantenha porque o dinheiro está fazendo algumas pessoas felizes por algum tempo, pelo menos quando elas gastam o dinheiro em experiências de vida.”

    Notícia publicada no Diário da Saúde , em 10 de julho de 2009.

    Claudia Cardamone comenta*

    O apego à matéria não é apenas dar valor aos bens materiais, mas é se apegar ao que ela significa, aos nossos desejos.

    Esta pesquisa demonstra que não é pelo bem material que lutamos tanto, não é para possuir um objeto, mas é para garantir a nossa satisfação. Nós gostamos de comprar. Não importa muito o quê, isto pode variar com o indivíduo. Para a nossa sociedade, os momentos sociais e de diversão incluem compras, vamos ao shopping, supermercado, bazares, feiras etc.

    O problema é que esta satisfação é momentânea, o objeto na realidade é apenas um objeto que muitas vezes torna-se obsoleto e fora de moda, e isto impulsiona a pessoa à nova compra.

    Uma camisa é sempre uma camisa, mas a moda a torna um símbolo e objeto de desejo: “Preciso comprar a camisa da moda para ser admirada.”

    são Francisco de Assis foi um grande exemplo, apesar de ter sido também muito radical. O mais difícil para o ser humano é ser igual. É a nossa maior imperfeição e que reflete o nosso orgulho. A propaganda demonstra isto. A mais explícita foi a de uma empresa de cosméticos que mostrava todas as mulheres exatamente iguais, porém, com um batom, uma mulher se destacava e era observada pelas demais.

    Nós precisamos de dinheiro para viver? Não, a nossa vida não depende de dinheiro. Nós precisamos de dinheiro para satisfazer as nossas necessidades.

    • Claudia Cardamone nasceu em 31 de outubro de 1969, na cidade de São Paulo/SP. Formada em Psicologia, no ano de 1996, pelas FMU em São Paulo. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como artesã. É espírita e trabalhadora da Associação Espírita Seareiros do Bem, em Palhoça/SC.