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Uma britânica afirma ter perdido 25 quilos após passar por cinco sessões de hipnoterapia durante as quais ela teria sido convencida de que seu estômago foi reduzido ao tamanho de uma bola de golfe. Breno Henrique de Sousa comenta.

  • Data :16/09/2009
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Britânica perde 25 kg após ‘redução de estômago’ por hipnose

Uma britânica afirma ter perdido 25 quilos após passar por cinco sessões de hipnoterapia durante as quais ela teria sido convencida de que seu estômago foi reduzido ao tamanho de uma bola de golfe.

Marion Corns, de 35 anos, diz ter passado pelas sessões de hipnose há quatro meses em uma clínica na Espanha e, desde então, diz conseguir comer apenas pequenas porções de comida e reduzido oito medidas.

Durante as sessões, os hipnoterapeutas espalharam pela sala aromas semelhantes aos dos cheiros de um hospital e, em um dado momento, Marion disse ter sentido um aperto em seu estômago, como se um anel estivesse sendo instalado no órgão para reduzir seu tamanho.

“Eu tentei todos os tipos de dieta, desde pílulas, vigilantes do peso, Atkins e personal trainer e nada adiantou”, conta Marion.

“Agora eu emagreço mais de um quilo por semana porque acredito que tenho um anel no meu estômago”.

“O incrível é que posso lembrar cada parte do procedimento, desde o momento em que fui levada de maca para a sala, o barulho da faca do cirurgião, e até o cheiro da anestesia.”

A clínica Elite, que realizou a operação, disse à BBC Brasil ter tratado cerca de 100 pessoas desde que começou a oferecer o tratamento comercialmente em dezembro passado.

“Nossa taxa de sucesso fica em torno de 75%”, disse o diretor da clínica, Martin Shirran.

O procedimento custa 800 euros (R$ 2,2 mil) e, quando a meta de redução de peso é atingida, o cliente é convidado a voltar ao local para uma última sessão em que a hipnose é revertida.

O diretor da clínica admite que os resultados, no entanto, não foram confirmados por uma fonte independente.

“Mas estamos trabalhando para que isso aconteça”.

“Até agora, não recebemos críticas de ninguém. Pelo contrário, mesmo médicos têm reconhecido nosso esforço em enfrentar a questão da dieta por meio uma abordagem psicológica”, disse.

Riscos

A médica Ursula Arens, da British Dietary Association, disse à BBC Brasil que há um sério risco de que a pessoa possa desenvolver uma fobia por comida a longo prazo, devido aos efeitos que a hipnose pode provocar em sua mente.

“A hipnose elimina todos os riscos inerentes a uma cirurgia convencional, mas ainda é muito cedo para provar que a técnica é uma arma poderosa no combate à obesidade”, afirmou a médica.

“Ainda não foram feitos estudos independentes que comprovem a eficácia do tratamento. A técnica pode ajudar durante os primeiros meses, mas não se sabe se, a longo prazo, a pessoa vai voltar a comer uma dieta balanceada, tão essencial para a manutenção de um peso saudável”, completou.

Notícia publicada na BBC Brasil , em 21 de maio de 2009.

Breno Henrique de Sousa comenta*

A notícia em destaque é bastante curiosa e pode representar uma novidade para muitas pessoas. Porém, qualquer um que tenha um pouco de cultura espírita saberá que não se trata de uma novidade as amplas possibilidades do hipnotismo, fenômeno que é regido pelas mesmas leis do magnetismo preconizado por F. A. Mesmer, que no século XVIII estabeleceu suas leis básicas, conhecimento este que serviu de fundamento para o próprio Espiritismo. Allan Kardec já era um conhecedor do fenômeno antes mesmo de iniciar estudos sobre a mediunidade.

As magnetizações estão amplamente citadas e o estudo do magnetismo está nas próprias bases do Espiritismo. Camile Flammarion, na obra O Desconhecido e os Problemas Psíquicos , faz inúmeras citações sobre ações magnéticas à distância. Em um dos exemplos, ao colocar ele próprio uma substância na própria boca, a pessoa que se encontrava sob efeito magnético sentia instantaneamente o sabor da mesma substância. Em outros casos, o magnetizado era capaz de obedecer a uma ordem pronunciada mentalmente pelo magnetizador, sem que fosse necessário pronunciar nada. Outros autores, como Paul Gibier, em Análise das Coisas ; José Laponi, em Hipnotismo e Espiritismo ; Edgar Armond, em Passes e Irradiações ; Gustave Geley, em O Ser Subconsciente e diversos outros autores encarnados e desencarnados, como na série André Luiz (psicografia de Chico Xavier), abordam amplamente o tema. Na Revista Espírita (1860, jan, p.05), diz-se que o Magnetismo é praticamente o mesmo que o Espiritismo e que o primeiro entrou no meio acadêmico sob o nome de hipnotismo. E, de fato, esta técnica foi e continua sendo usada como ferramenta dos mais célebres estudiosos da mente, como Freud e Jung. A ação magnética é capaz de curar pela ação de um magnetizador encarnado ou desencarnado. Na Revista Espírita (set. de 1865), está narrado um curioso caso de recuperação de uma fratura pela ação magnética de um espírito. A médium Senhora Maurel, que havia quebrado o antebraço direito, ao entrar em estado sonambúlico com a ajuda de um magnetizador encarnado, em sintonia com um espírito chamado Demeure, cuidou de seu próprio braço usando apenas a mão esquerda, fazendo ataduras, ajustando o braço na posição correta e por fim fazendo um processo de magnetização que acelerou a cura.

Os Espíritos também utilizam-se do processo hipnótico para instalar complexos processos obsessivos. A vampirização é um destes processos de emaranhamento magnético. Na obra Saúde e Espiritismo, da AME, há a seguinte citação: “Toda forma de vampirismo está vinculada à mente deficitária, ociosa ou inerte, que se rende as sugestões inferiores que a exploram sem defensiva”. E explica a técnica utilizada pelos Espíritos vampirizadores, situando-a no processo de hipnose. Por ação do hipnotizado, o fluido magnético derrama-se no campo mental do paciente voluntário que lhe obedece o comando. Uma vez neutralizada a vontade do sujet, as células nervosas estarão subjugadas à invasão dessa força. Os desencarnados da condição inferior, consciente ou inconscientemente, utilizam esse processo na cultura do vampirismo. (Dias Cruz – Instruções Psicofônicas ).

Assim, a mente humana é detentora de poderes e possibilidades inimagináveis e se estivermos dispostos a desenvolver nosso potencial, poderemos libertar-nos de nossos dramas e também contribuir para o despertar de novas consciências.

  • Breno Henrique de Sousa é paraibano de João Pessoa, graduado em Ciências Agrárias e mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal da Paraíba. Ambientalista e militante do movimento espírita paraibano há mais de 10 anos, sendo articulista e expositor.