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Há tempos, astrônomos sabem que a quantidade de matéria que nós podemos ver não é a mesma quantidade que está realmente no universo. Pedro Vieira comenta.

  • Data :30/05/2008
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Astrônomos encontram teia cósmica “invisível”

Há tempos, astrônomos sabem que a quantidade de matéria que nós podemos ver não é a mesma quantidade que está realmente no universo. A matéria normal, que inclui galáxias, estrelas e planetas, é feita de bárions (prótons, nêutrons e outras partículas subatômicas) e forma apenas cerca de 4% do universo. Após busca extensa, astrônomos dizem ter encontrado metade da matéria normal procurada, segundo o site Space.com .

A parte que faltava de matéria de bárion não era detectada pois ela é muito quente para ser vista em luz visível, mas muito fria para ser vista por raios-x. Chamado de “meio intergalático”, ou IGM (na sigla em inglês), a matéria está por todo o espaço como uma teia de aranha cósmica.

Uma equipe de astrônomos da Universidade de Colorado usou a luz de quasars distantes, cores brilhantes de galáxias com buracos negros ativos, para comprovar a quase invisível estrutura, como a luz de uma lanterna no meio à neblina, utilizando imagens de um aparelho do telescópio Hubble, chamado STIS e de um aparelho da Nasa chamado Fuse.

Recentemente, outro grupo de astrônomos encontrou um filamento de matéria de bárion ligando duas galáxias distantes. A descoberta foi divulgada na edição de hoje da revista Astrophysical Journal .

Um aparelho espectrógrafo, utilizado para observar o espectro de qualquer luz, chamado Cosmic Origins Spectrograph, a ser instalado por astronautas no Hubble neste ano, vai ajudar na busca de matéria normal não-detectada.

Notícia publicada no Portal Terra , em 20 de maio de 2008.

Pedro Vieira comenta*

No século V a.C., o filósofo grego Leucipo e seu discípulo Demócrito escreveram sobre a partícula indivisível do Universo: o ‘átomo’, que comporia, mais ou menos modificado, tudo que existe no mundo material.

Na Introdução VII de “O Livro dos Espíritos”, o Prof. Allan Kardec, já no século XIX, nos disse: ‘Não vemos todos os dias as mais opostas opiniões serem alternadamente preconizadas e rejeitadas, ora repelidas como erros absurdos, para logo depois aparecerem proclamadas como verdades incontestáveis?’ Ele estava certo e o presente artigo só reforça isso.

Demócrito retorna, portanto, em busca da matéria essencial, muito, mas muito mais longínqua do que supúnhamos, já que tudo o que conhecemos corresponde a apenas 4% do mundo material. Estamos ainda, como Ciência, como os gregos, à busca da origem material das coisas que nos tocam os sentidos.

Ainda em “O Livro dos Espíritos”, os Imortais responderam a Allan Kardec: 36. O vácuo absoluto existe em alguma parte no espaço universal? ‘Não, não há o vácuo. O que te parece vazio está ocupado por matéria que te escapa aos sentidos e aos instrumentos.’

Quem sabe depois de sondarmos mais o mundo material e apreciarmos as Leis perfeitas que o regem possamos chegar mais um pouco, com humildade, perto de Deus? E assim iniciarmos uma nova empreitada, rumo ao Espírito?

  • Pedro Vieira é expositor e médium espírita. Colabora com o centenário Centro Espírita Cristófilos e com o Centro Espírita Léon Denis, no Rio de Janeiro, além de algumas outras casas.