Um dos sobreviventes de um acidente aéreo com 99 pessoas a bordo na cidade paquistanesa de Karachi afirmou que tudo que ele via “era fogo”.
O passageiro Muhammad Zubair é uma das duas pessoas resgatadas com vida até agora depois da queda do Airbus A320 da Pakistan International Airlines (PIA) nesta sexta-feira (22) em uma área residencial.
Autoridades da província de Sindh falam em 97 pessoas mortas, sendo que 90 delas foram identificadas. Não há informações sobre o estado de saúde dos moradores das casas atingidas.
As causas da queda ainda não foram esclarecidas oficialmente. Segundo a mídia local, o piloto registrou um problema técnico após uma tentativa mal sucedida de pousar, pediu socorro e em seguida a aeronave caiu.
O acidente ocorre poucos dias depois de o país retomar os voos comerciais em razão da pandemia de coronavírus.
O voo PK8303, com 91 passageiros e oito tripulantes a bordo, saiu da cidade de Lahore com diversas famílias viajando durante o feriado local.
A primeira tentativa de pouso em Karachi ocorreu por volta das 14h30 (horário local). Segundo um dos sobreviventes, Muhammad Zubair, que teve ferimentos leves, o acidente ocorreu cerca de 15 minutos depois.
“Ninguém percebeu que o avião estava para cair. Estávamos voando de maneira suave.”
Ele perdeu a consciência na queda. Quando acordou, segundo seu relato, “eu pude ouvir gritos de todas as direções. Crianças e adultos. Eu só conseguia ver fogo. Não conseguia ver ninguém, só ouvir seus gritos”.
“Eu abri meu cinto de segurança e vi uma luz e caminhei em direção à luz. Eu saltei uns 3 metros para sair dali.”
O avião estava próximo da área da pista quando atingiu casas na área residencial da Model Colony. Emissoras de TV locais registraram equipes de resgate vasculhando os escombros espalhados pelas ruas da zona densamente povoada. Vários carros foram incendiados.
Mohammed Uzair Khan, que testemunhou o acidente, afirmou à BBC que ele ouviu um estrondo e saiu de sua casa. “Umas quatro casas estavam completamente destruídas, e havia muito fogo e fumaça.”
A mídia paquistanesa divulgou trechos do diálogo entre o controle de tráfego aéreo e o piloto. Este afirma que o avião havia perdido os motores. O controlador de tráfego aéreo pergunta se ele vai conseguir fazer um pouso de barriga, e o piloto responde: “Socorro, socorro, socorro”.
Uma autoridade do setor de avião civil do Paquistão afirmou à agência de notícias Reuters que a aeronave pode não ter conseguido abrir o trem de pouso.
Imagens postadas em redes sociais parecem mostrar marcas de queimadura nos dois motores e o trem de pouso fechado.
A equipe de investigadores das causas do acidente ainda não analisou o conteúdo da caixa-preta. O avião havia sido incorporado à frota da PIA em 2014 e passado pela inspeção anual de manutenção em novembro.
Ao menos 97 pessoas morreram e 2 sobreviveram à queda da aeronave. Não está claro ainda quantas pessoas estavam nas casas atingidas e o estado de saúde delas.
Outro sobrevivente resgatado foi Zafar Masud, presidente do Banco de Punjab. Muhammad Zubair e ele estavam na frente da aeronave. Há relatos na mídia de outros sobreviventes, mas ainda não há informações oficiais sobre essas pessoas.
Parte das vítimas foi enterrada neste sábado, em Karachi. O primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, afirmou que estava “chocado e triste” com o acidente e anunciou uma investigação oficial.
Mas Associação de Pilotos de Avião do Paquistão disse não confiar em uma apuração conduzida pelo governo e pediu a presença de investigadores estrangeiros no inquérito.
Notícia publicada na BBC News Brasil, em 23 maio 2020
Já ouvimos muitos relatos semelhantes ao dessa notícia, que informa sobre desencarnações coletivas, no entanto, uma ou algumas pessoas envolvidas no trágico acidente escapam ilesos. Como explicar o fato? Por que alguns morreram de forma trágica ao passo que outros foram poupados? Onde estaria a justiça divina nesses casos?
A Doutrina Espírita nos esclarece, em O Livro dos Espíritos, questão 853:
“No verdadeiro sentido da palavra, apenas o instante da morte é fatal; quando este momento chega, seja de uma forma ou de outra, não podeis a eles vos subtrair.”
Podemos nesse caso compreender que aqueles que desencarnaram num desastre coletivo tinham em seu planejamento reencarnatório que passar por um tipo de desencarnação violenta. Isso estava programado, atendendo ao bem do indivíduo, possibilitando-o resgatar débitos do passado.
Aqueles que se salvaram no desastre, não tinham esse tipo de desencarnação em seu planejamento reencarnatório, por isso, são poupados.
Ainda o Livro dos Espíritos, na questão 853-a, nos esclarece que:
a) Assim, qualquer que seja o perigo que nos ameace, não morreremos, se não tiver chegado a hora?
“Não, não perecerás e disso tens milhares de exemplos; porém, quando chegar tua hora de partir, nada poderá impedi-lo. Deus sabe, antecipadamente, por que gênero de morte partirás daqui e, com frequência, teu Espírito também o sabe, pois isto lhe foi revelado, quando fez a escolha dessa ou daquela existência.”
Isso não quer dizer que não deveremos ter todos os cuidados para evitarmos os perigos que possam nos colocar em risco de morte. A Lei de Conservação nos indica que deveremos tomar todos os cuidados para preservar nossa vida, nossa saúde e nosso bem-estar, do contrário, poderíamos agir como suicidas, mesmo que de forma involuntária, ao nos expormos aos riscos contra nossa integridade física. A questão 854 de O Livro dos Espíritos nos ensina justamente isso:
“Não, pois as precauções que tomais vos são sugeridas com vistas a evitar a morte que vos ameaça; constituem um dos meios para que ela não ocorra.”
Por isso, é muito importante que conheçamos os mecanismos da Lei Divina que a Doutrina Espírita tão bem nos esclarece e ensina, para vivermos da melhor forma, em busca das conquistas morais que precisamos desenvolver em nós mesmos, para que quando chegar o momento do retorno à verdadeira vida, a vida do Espírito, vivida no mundo espiritual, possamos para lá retornar melhores do que quando renascemos aqui no plano físico, para uma nova oportunidade de aprendizado, numa nova reencarnação.
*Ivana Raisky é espírita, trabalhadora do movimento espírita no estado de Goiás.