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  • Bebê indiano nasce com duas cabeças e três braços

Jorge Hessen comenta um caso raro de gêmeos siameses causou espanto na Índia. Babita Ahirwar e seu marido, Jaswant Singh Ahirwar, já sabiam que esperavam gêmeos siameses, mas o nascimento da criança fez com que os pais entrassem em choque. As duas crianças compartilhavam os mesmos órgãos internos, incluindo um só coração, porém com duas cabeças separadas. Os bebês nasceram no dia 23 de novembro.

  • Data :28/04/2020
  • Categoria :

GLAUCIA CHAVES

Do portal Metrópoles

Um caso raro de gêmeos siameses causou espanto na Índia. Babita Ahirwar e seu marido, Jaswant Singh Ahirwar, já sabiam que esperavam gêmeos siameses, mas o nascimento da criança fez com que os pais entrassem em choque. As duas crianças compartilhavam os mesmos órgãos internos, incluindo um só coração, porém com duas cabeças separadas. Os bebês nasceram no dia 23 de novembro.

O caso é descrito como sendo dicephalus parapagus, tipo que engloba cerca de 11% dos casos de gêmeos siameses, de acordo com uma revisão histórica feita pelo Journal of Pediatric Surgery. Gêmeos dicephalus parapagus são unidos lado a lado pela pelve e/ou em todo o abdômen e no peito, mas têm cabeças separadas. Os gêmeos podem ter dois, três (tribrachius) ou quatro (tetrabrachius) braços e duas ou três pernas.

Segundo médicos do hospital Vidisha Sadar, onde nasceram os gêmeos, as crianças nasceram com três mãos, sendo que uma delas tinha duas palmas coladas uma à outra. O caso é inédito no local. Por isso, a equipe médica busca aconselhamento entre outros profissionais indianos para saber como proceder daqui para frente.

Ainda não se sabe se os gêmeos poderão ser separados, uma vez que os irmãos compartilham praticamente todos os órgãos internos.

Infelizmente, casos como o dos bebês indianos não costumam ter um final feliz para ambas as crianças. De acordo com os médicos do Hospital e Faculdade Hamidi de Bhopal, onde a criança está sendo tratada atualmente, não há muitas esperanças de que os dois irmãos irão sobreviver.

Em entrevistas para agências de notícias, os pais disseram que ficaram inicialmente assustados, mas pretendem cuidar das crianças da melhor forma possível. “Foi um sentimento confuso quando as enfermeiras me entregaram o bebê. Inicialmente, pensei que fosse um gêmeo, mas quando as enfermeiras removeram a toalha, fiquei chocado ao ver nosso primogênito com duas cabeças e três mãos”, relembrou a mãe, Babita Ahirwar.

Babita soube que esperava gêmeos siameses por volta da 35ª semana de gravidez, porém só soube da real condição dos filhos após a cesariana. O pai das crianças, Jaswant Singh Ahirwar, disse que a esposa chegou a desmaiar quando viu os filhos pela primeira vez. “As pessoas estão dizendo muitas coisas, mas ele é meu bebê e eu o levarei para casa. Enquanto ele estiver vivo, eu o amarei e cuidarei dele”, disse a mãe. (Com informações do portal Daily Mail ).

Notícia publicada no portal Metrópoles , em 25 de novembro de 2019

Jorge Hessen* comenta

Vimos que Babita Ahirwar e seu marido, Jaswant Singh Ahirwar, já sabiam que esperavam xifópagos [1], mas o nascimento da criança fez com que entrassem em choque. Viram que as duas crianças compartilhavam os mesmos órgãos internos, incluindo um só coração, porém com duas cabeças separadas. Os bebês nasceram no dia 23 de novembro de 2019. O caso é descrito como sendo dicephalus parapagus [2], tipo que engloba cerca de 11% dos casos de gêmeos siameses, de acordo com uma revisão histórica feita pelo Journal of Pediatric Surgery. [3]

Pela tradição, o termo siameses surgiu no século XIX, precisamente em 1811, com o primeiro caso acadêmico registrado no mundo, ocorrido com os irmãos tailandeses Chang e Eng Bunker – decorrendo daí o termo “gêmeos siameses” [4]. Os dois irmãos foram conduzidos para a Inglaterra e posteriormente para os Estados Unidos.

Por uma questão de programação espiritual, e nem poderia ser diferente, Chang e Eng Bunker desencarnaram em 17 de janeiro de 1874 , com poucas horas de diferença, aos 63 anos, estabelecendo um recorde de sobrevida entre os gêmeos siameses. O que nos chama atenção é o fato de que “os dois tiveram 22 filhos, que através deles geraram mais de 1.500 descendentes, a maioria deles não-gêmeos e em condições ideais de saúde.” [5]

Pelas leis reencarnatórias, num só corpo não há como reencarnar mais que um Espírito. Todavia, no caso dos seres xifópagos, existem dois espíritos em corpos grudados biologicamente, possuindo dois cérebros (dicéfalos), portanto são dois indivíduos e duas mentes.

Se na xifopagia os Espíritos forem amigos se aproximarão por afinidade de sentimentos e sentirão menos desconforto por estarem acoplados fisicamente. Todavia, nos casos dos Espíritos que afetivamente não se aturam e se repelem serão intensamente infelizes como inquilinos de corpos grudados.

Nestas circunstâncias reencarnatórias, quais razões induziriam as Leis de Deus consentirem tamanhas anormalidades corporais?

Por quais razões esses espíritos necessitam permanecerem algemados corporalmente, compartilhando vísceras e funções orgânicas, compreendendo que nada nos é mais intrínseco (íntimo) e individual que a organização física?

Na maior parte dos casos os xifópagos são dois espíritos comprometidos por imensos ódios, erigidos ao longo de múltiplas reencarnações, e que reencarnam nestas condições, por recomendações dos Benfeitores sem que se constitua um processo de punição divina, até porque as Leis de Deus não são punitivas elas apenas nos convidam (amorosa ou dolorosamente) para a reparação dos erros, sob às luzes misericordiosas da Lei de Causa e Efeito que funciona a fim de que nós nos protejamos de nós mesmos.

Alternando-se as posições como algozes e vítimas e, igualmente, nas dimensões físicas e espirituais, compelidos por irresistível atração de ódio e desejo de vingança, tais Espíritos pela divina Lei de Atração buscam-se continuamente e culminam se reaproximando em condições comovedoras, os convidando a dividir amargamente do mesmo sangue vital e do ar que respiram.

Tal reencarnação dolorosa permitirá que ambos os espíritos, durante a experiência desafio no corpo carnal, ajustem os laços de união e sustentação moral, catalisando anseios de amizade, fraternidade e plausível começo de reconciliação pelo autoperdão e recíproco perdão.

Mesmo entre espíritos afins ou simpáticos, a experiência xifópaga deverá ser uma vivência muito desafiadora, inobstante ambos aceitarem, ou serem convidados a cumprirem a lei de amor, embora conectados biologicamente, tendo como meta diluir traumas morais do passado para robustecer a necessária reaproximação hoje delineando um amanhã mais harmonioso.

Muitas vezes não é possível, de imediato, dissolverem-se essas vinculações anômalas , a fim de que haja total recuperação psíquica dos infelizes protagonistas. No decorrer dos anos, a imantação se avoluma, tangendo dimensões categóricas de alteração do corpo perispiritual de ambos. A analgesia transitória, pela comoção de consciência causada pela reencarnação expiatória, poderá impactar e recompor os sutis tecidos em desarranjo da mente doente.

Nessas reflexões doutrinárias não há como desconsiderar que os pais são invariavelmente co-participantes do processo, até porque são os vínculos solidários do passado que os convidam a experienciar o drama da vida atual com os filhos. Não podemos afirmar que são vítimas ingênuas de uma lei natural injusta e arbitrária. O reencontro comum pelas afinidades que atraem pais e filhos por simbiose magnética apenas retrata os lídimos mecanismos da Lei de Causa e Efeito à qual todos estamos submetidos.

A proposta espírita da questão aponta para algumas soluções que podem contribuir com a psicologia e a medicina de hoje e de amanhã, considerando a terapêutica. A prática da prece e da doação de energias magnéticas através do passe, por exemplo, são recursos adequados e indispensáveis para despertar consciências e minimizar os traumas psicológicos. Soluções essas que para eles (xifópagos) se descortinam eficazes, eliminando-lhes a mente para a necessidade da efetiva reconciliação, enfrentando a união pelo laço indestrutível e saudável do amor.

Notas e referências:

[1] A nomenclatura provém de xifóide que é o apêndice terminal do osso esterno (com s ), situado na frente do tórax onde se unem as costelas, isto porque muitos dos xifópagos estudados eram unidos por esta parte do corpo.

[2] Gêmeos dicephalus parapagus são unidos lado a lado pela pelve e/ou em todo o abdômen e no peito, mas têm cabeças separadas. Os gêmeos podem ter dois, três (tribrachius) ou quatro (tetrabrachius) braços e duas ou três pernas.

[3] Disponível em https://www.metropoles.com/saude/bebe-indiano-nasce-com-duas-cabecas-e-tres-bracos acesso em 06/12/2019

[4] Termo advindo do antigo reino de Sião (Tailândia).

[5] Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Chang_e_Eng_Bunker#cite_ref-mt-airy-news_3-0

  • Jorge Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. Servidor público federal aposentado do INMETRO. Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História. Escritor (vinte e seis livros “eletrônicos” publicados). Jornalista e Articulista com vários artigos publicados.